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28 de agosto de 2006

carta pra lígia

o Tupã 24 de agosto.

Lígia
Passa um pouco das 4 da manhã e ainda estou sorrindo porque você veio e me acordou as 7h30 da manhã e pudemos nos acertas. O dia foi tranquilo como era antes do turbilhã. Mágicka manhã. Espero que tenha gostado dos poemas que li e também por saber que já fiz as escolhas para o livro. Procurei lê-los com teus olhos por que sempre quis que você fizesse a escolha. Incrível, mas o som de meu quarto está funcionando muito bem, talvez ele falhasse propositalmente pois sabia que tínhamos de conversar. Como caminhei tranquilo e sem medo, encarando as pessoas nos olhos. Meu charuto aceso e os cabelos desgrenhados por que eu os acariciava relembrando o carinho qye você havia feito. Ninguém ntendeu nada. Que bom. Estou em paz e quero que você esteja também.
Quero dizer que sua foto já voltou ao mural. Não tenho mais tantas dúvidas ao encarar o castanho de teus olhos. Estou pronto para partir! Não me falta nada. novamente me sinto completo. lágrimas que rolaram hoje só pelo novo capítulo que escrevemos a partir de agora. descobri que existem tantas músicas que gosaria de te mostrar. Filmes que ainda não vimo, livros que não nos indicamos. Tudo tem seu tempo...
Sei que você não aceitou muito bem o fato de eu dizer da impossibilidade de te esquecer. Ma sou romãntico e pateticamente teu. Sabia que não poderia ter me enganado quando me dei a você. O que aconteceu é que os olhos não mentem e você não nasceu para a mentira! É inevitável a verdade e que bom não ter me enganado de novo.

As ligações ainda continuam acontecendo, e alguns torpedos também. Mas evito me magoar com isso.
Não sei se devo tentar conseguir o livro pra você. O que me diz? E como mandar as apostilas de MAGICK???Adorei a tua despedida com minha mãe, "tchau sogrinha", ela gosta muito de você e sempre pergunta por novidades e eu sempre fugia. Obrigado mesmo por ter aparecido, fiquei imensamente feliz.

Te adoro

93 93,93


ps: só não escrevi semana passada por que fiquei muito mal do estômago. espero que esteja tudo bem. Com Amor e com MedoJim Duran

15 de agosto de 2006

surpresa

escrevi este soneto "Soneto a menina que diz eu odeio" a amiga Mayara Donadon Fresneda e ontem estávamos conversando quando ela me disse assim, sem preparar, que havia usado este poema em um trabalho na faculdade. Fiquei muito lisonjeado e achei o máximo ver assim um poema traduzido em francês. May obrigado pelo presente que me fez sorrir e sentir valorizado. Beijos do amigo


ps... continue odiando

Sonnet pour une fille qui me dit je haïs !!!


Elle me dit haïs Mange qui donne Bon Jour !
Comme qui réalise un rêve
Dit ainsi entre des sourires quelquefois.

La fille qui me dit je haïs
A un regard qui semble demander affection
Et comment niera caresse à un sourire sucré qui crie :
Je haïs telle chose !

Est impossible d'être étrangère la présence forte
Conseille ni d'essayer de comprendre
Mais j'aime quand elle dit qui haït.

Il suive en rire et mal en disant
Soit tranquille parce que toujours aura
un poète à qui pourra Haïr !!!
Descrição feita pelo meu grande amigo Jim Duran

14 de agosto de 2006

Ela

Ela pode ser o rosto que não esquecerei
Um traço de prazer ou de tristeza
Talvez meu tesouro ou o preço que
tenho de pagar
Ela pode ser a música que o verão canta
Talvez o frescor que o outono traz
Talvez centenas de coisas diferentes
No espaço de um dia
Ela pode ser a bela ou a fera
Talvez a fartura ou a fome
Pode transformar cada dia num paraíso ou num inferno
Ela pode ser o espelho do meu sonho
Um sorriso refletido na água
Ela pode não ser o que parece ser
Dentro de sua concha
Ela que sempre parece tão feliz na multidão
Com o olhos tão pessoais ou tão orgulhosos
Mas que não podem ser vistos quando choram
Pode ser o amor que não se deve esperar que dure
Pode vir para mim como sombras do passado
Que me lembrarei até o dia de minha morteE
la deve ser a razão para que eu sobreviva
O motivo de eu estar vivo
De quem eu cuidarei na alegria e na tristeza
Eu acolherei seu riso e suas lágrimas
E os guardarei como meus souvenirs
Por onde ela for eu tenho que estar
O sentido da minha vida é
Ela

Charles Azavanour

10 de agosto de 2006

SILÊNCIO

Me peça tudo
arranca minhas mãos para que eu
não cometa mais o pecado da poesia
Só não peça o silêncio
Arranque meus olhos que já
não possuem utilidade
por que foram proibidos de ver teus olhos
Arranque meus braços
para que eu não os erga aos céus enquanto chor
me tire do peito este coração sem serventia.
Me tire as pernas, o sentido
a direção
Mas não me peça silêncio.
Não me peça silêncio
Por que mesmo calado
os que me vêem percebem
a sonoridade da dor
que trago em meu rosto
Peça minha vida,
mas não peça que eu aceite
em silêncio


espero que entenda 93, 93 93

6 de agosto de 2006

pra vc

às vezes penso com um boçal, um troglodita. Fico amuado e não consigo respirar, relaxar, deixar pra lá. algumas coisas ainda me atingem em cheio. tento melhorar e não ligar, porém quando percebo ja fiz o pior.
por isso tenho essa mania besta de estar sempre saindo das coisas, abandonando tudo e partindo. como não estou querendo largar nada, nem abandonar, nem desistir... tudo fica mais intrincado, mais verbal. Falo muita baboseira. me perdoe mil vezes.
te amo muito

3 de agosto de 2006

os amigos dizem...

estes dois textos foram escritos por dois amigos/irmãos que fiz quando morava em salvador Diogo e Guto. eles são importantes por que foram testemunhas vvas de meu caos (rs) como poeta. amo vocês dos meus bro



Jim, meu caro... eu precisei escrever este texto numa janela de testimonial do orkut para desencravar um teco do muito que eu teria para falar de você... Como é que eu posso falar de suas poesias e principalmente do dono delas que é poesia e é Rex, eu e guto invadindo a casa do argentino. Camille, vodka, vinho São Jorge todas as bebidas, etc e tal...? Poha kra! Tomara que eu esteja ainda com o coração vivo quando nos encontremos, isso mereceria muita serenata, vinho e abraços de bêbado. Espero que goste do texto... eu não sei se sou escrevinhador...
Eduardo Duran... este é um homem pouco visto, na realidade, pouco revelado que tem na mente a matriz daqueles que realmente conheci. Fred, chegou de viagem e dele ouvi falar bastante, mas vê-lo, nunca. Jim Duran, poeta, artista empedernido num romance conflituoso com a vida, esse eu conheci. Na verdade, seja quem for, dentre os muitos nomes deste ser eu sempre sinto uma arte rara de se viver uma vida, que me fez às vezes dar vazão às minhas personagens e desenxergar tudo à volta pra me ver somente em um palco. No fim, para saber que era apenas eu mesmo e ele apenas(?) Eduardo, o que achei que não conheci. Isso tudo é meio estranho, meio maluco, meio sem pé nem cabeça, mas Jim Eduardo Fred Duran é uma constelação de sentidos a ser enxergada de longe, jamais só os seus pedaços. Como todas as personagens de uma peça que vêm,vão, morrem e reaperecem cada qual um sentimento, compondo o magnífico espetáculo envolvente do teatro. A beleza é seu mosaico completo, revelado calmamente em cada brilho particular de um nome, ou uma poesia. Sei lá...Abraços manoDiogo


"Jim, é como um personagem de 'Herman Hesse', do tipo que você leu muito tempo atrás e mesmo distante está sempre presente. Ele é como uma música do 'The Doors' ecoando nas paredes antigas de uma casa de show. "Whyskie N' Blues". Trajes pesados e fumo. Escritos e gargalhadas. Mais do que um personagem Eduardo Duran é um grande amigo de passagem marcante em minha vida. Seja filosofando, seja como um confidente, um companheiro de boas cachaças ou na caça as mulheres. Sei que adiante na tortuosa estrada da vida poderei com ele contar e ele comigo.

De seu grande amigo 'Gutheba', desejo-lhe sorte nessa longa vida insana.

Gustavo Oliveira Morais"

1 de agosto de 2006

o nome dela

essa música de repente ficou muito importante pra mim. Me trouxe coisas boas. É de um poesia simples mas bonita, tem uma boa vibração.

CLAREANA
Joyce / Maurício Maestro


Um coraçãode mel, de melão
de sim e de não
é feito um bichinho
no sol de manhã
novelo de lã
no ventre da mãe
bate o coração
de Clara, Ana
e quem mais chegar
água, terra, fogo e ar

Feminina (1980)Ao Vivo (1989)Revendo Amigos (1994)compilações / compilations:Meus Momentos (1995)The Essential Joyce (1997)Série Bis (2001)The Essential (2003)For Café Après-Midi (2004)

28 de julho de 2006

confuso

Posso parecer bem firme aqui na beira do abismo
mas quando fecho os olhos e balanço o corpo
sinto que não devo dar mais nenhum passo adiante
e permaneço
escolhendo meus amanhãs.

É difícil sorrir sempre que me encosto na parede
se me descubro com ciúmes
fico vexado
perdido entre pedidos e sonhos


Nas tarde de sábado vc me surpreende e
deve ter se surpreendido também,
por que a vida demonstra o carinho que temos.

7 de julho de 2006

poema pra Lígia

quando vc partiu levou um pouco de minha alegria,
levou em tua bagagem um pouco de minha inspiração,
um pouco do meu sol, um tanto de minha lua.
quando você se foi deixou pra trás uma possibilidade
e uma lágrima que desceu até minha boca
como um beijo que nunca trocamos.
quando vc partiu senti que a vida descontava
minhas fugas,
quando vc se foi eu fui junto...

6 de julho de 2006

Carta a Perséfone

querida
nem viria hoje por que bateu uma dor forte no peito. minha mãe está internada de novo.Conversei com Mr Jef e tivemos algumas idéias... loucuras. Estava em casa tomando uma dose de uísque e Diamante veio correndo abanando o rabinho todo feliz. Isso me animou um pouco. escrevi um poema novo, melhor do que escrevi ontem, se chama Perséfone em uma tarde quente.
Li e reli tua carta muitas vezes e confesso que não sei como responder, o que dizer através da carta que não tenha demonstrado hoje ao sair feito um louco só pra te ver por uns minutos que sejam. Sempre farei coisinhas assim quando necessário e mesmo quando não for. Ver teu sorriso e sentir tão abraço me deu calma por que senti o sol batendo no lugar do teu coração. Temos de ter paciência por que tudo no final dá certo e por mais difícil que tudo pode parecer agora amanhã será bem melhor, eu confio nisso e gostaria que você confiasse também.
Amanhã quero te ver em meio ao reino do que me distrái realmente, com certeza estará linda por que no teu caso não depende de nada, só do olhar do poeta.
te adoro muito menina e você sabe. Tem uma música de Renato Russo que diz: "Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu" acredito muito nisso. Depois que você começou a fazer parte de minha vida fiquei otimista.
Até mais meu anjo.
T A

1 de julho de 2006

Família...



Ando sumido mas vivo ainda, dizem até que mais vivo do que nunca. Emocionado com a vida que se renova em minha família e em meus quatros sobrinhos. Esses anjos que me fazem chorar e pensar que tudo vale a pena. Grégori é filho do primeiro casamento de minha cunhada Márcia que é casada com o Fernando. Menino esperto e inteligente muito querido, mesmo não tendo sido meu primeiro sobrinho é o mais velho. Emily é filha de minha irmã Tati. Inteligente e com um senso de humor bem parecido com o meu não fica sem dar uma resposta a nada e nem a ninguém. Tem um olhar vago como o meu também, mas é linda como as mulheres da minha família. Depois veio o Enry que também é filho da Tati, olhos grandes como quem quer registrar tudo e guardar o mundo nas retinas. Me lembra meu tio Zé Rocha e como diz um primo (o Caco) como quem falo pelo msn enquanto escrevo aqui " é um rochinha mesmo". O mais novo é o
Érick, este menino lindo que é filho do Fernando e da Márcia . estou escrevendo isso em meio as lágrimas por que sou mesmo manteiga derretida, ainda mais quando falo dessas crianças que são tudo para mim.
Tenho orgulho de ser tio.
amo vocês pequenos

13 de junho de 2006

Dia dos namorados

Coisas simples a gente encaixa
e entrega em praças vazia
a caixa cheia de carinho e surpresa.
Aguarda pelo riso que brota
aguarda pela abraço apertado
aguarda pelo beijo dado
e, por mais que se aguarde tudo isso
é sempre com surpresa que vem.
É como um gosto doce que vem na boca
quando pedem pra fechar os olhos e abrir a boca
e somos surpreendidos por um delicioso chocolate.
É como um gole de água depois de caminhar muito tempo
debaixo do sol.
Feliz

10 de junho de 2006

Estou com raiva do Nando Reis

Comprei o mais recente cd de Nando Reis "Sim Não" e ouvi assim que cheguei em casa. A primeira música (Sim) já me deu uma raiva descomunal. Por que eu já havia dito que ele escreve umas letras que eu gostaria de ter escrito e essa em especial é muito do que gostaria de dizer a Clara.
Isso não bastando o disco inteiro vem repleto de poesia de primeira e músicas muito boas mesmo. Sentei, enchi meu cachimbo e fiquei curtindo o som.
Pensando em como ele faz parte de muita coisa boa de minha vida, me lembrei do início dos anos 90 em que ficava ouvindo Titãs (quando eles ainda eram bons) e curtia o baixo e voz meio estranha de Nando. Carreira solo ele não decepcionou, tornou-se o que já era, um grande trovador da modernidade. Muitas meninas e meninos andam cantando All Star e nem sabem que é dele a música. Assim como uma boa maioria dos sucessos de Cássia Eller. Quem não lê encarte não se diverte.
Gostei mesmo do disco, não me arrependi de comprar. Ainda tive a extrema infantilidade de copiar a letra de SIM e entregar a Clara pouco antes de rodar o cd... Não foi pra enganar, mas pra mostrar que tem muita coisa por aí. Muitas coisas sendo ditas as pessoas e elas têm de saber que é pra elas e/ou sobre elas. Legal isso de os sentimentos voltarem a ser expostos com decência e sem a pieguice mercadológica e a influência pobre do modismo latino que paga pau a torto e a direito.
É de se esperar sempre com um bom sentimento uma apresentação de Nando Reis que permanece infernal por que faz pensar e sentir como é belo o simples da palavra dita/cantada com verdade e vida.
O mundo é bão Nandão

5 de junho de 2006

HERÓI DE ÓCULOS ESCUROS

Este é um poema que escrevi em 1992, 1993 por aí. É claro que ele nem é tão bom, mas vale como registro

HERÓI DE ÓCULOS ESCUROS

Sinto o apocalipse no meu encalço
a chuva derrete minha culpa
Nos passos falsos do asfalto
Deixo o vento te levar pra ver o sol nascer
enquanto a madrugada se arrasta
as flores continuam a crescer
Sinta o brilho dos meus olhos
como há dez mil anos atrás.
A execução ontinua a mesma
só mudou o capataz.
Ouça o grito do seu medo
espalhar pelos cantos do seu quarto toda sua loucura
O pior não é ter medo de deus, pois a ele você conhece
mesmo não estando aqui.
O reflexo dos teus olhos é o contexto da razão.
Olha a sombra da tua guitarra sob a chave da liberdade
Não estou no escuro pois ainda sinto o sol.
Já parei de escrever pelos muros.
Mas não deixei de seguir os passos
do herói de óculos escuros.
Sinto o apito de um trem,
ouço o passo vago dele
so a luz do luaR, ouço o rock e o baião.
Sinto o tiro da guitarra... o solo da perfeição
Estou no caminho pra confirmar a filosofia
de que todo louco é livre
como todo ouro de tolo é pouco
Veja o selo em minha mão
sua segurança está comigo
LEI DE THELEMA

2 de junho de 2006

entrevista de raul a o pasquim é longo mais vale a pena ler



Rio de Janeiro, Novembro de 1973
O PASQUIM - Você surgiu publicamente com Ouro de Tolo. Mas nós queremos que você conte o seu início, desde o princípio mesmo.

RAUL - Vamos ver. Vamos voltar a 1959. Eu tinha um conjunto de rock, lá em Salvador. Eu morava perto de uns garotos do consulado, eles me apresentaram uns discos de rock...


O PASQUIM - Qual consulado?

RAUL - O americano. Estava aquela coisa acontecendo nos Estados Unidos e nós tomamos conhecimento. Nós fizemos um conjunto de rock em Salvador, e a gente viajava pra todo interior, fazendo aquela coisa, assumindo mesmo, vivendo aquela coisa da época.

O PASQUIM - Como é que chamava o conjunto?

RAUL - Os Panteras. Porque todo conjunto daquela época tinha nome de bicho.


O PASQUIM - Era um conjunto de quantos?

RAUL - Eram quatro pessoas. Guitarra, baixo e Bateria.

O PASQUIM - Krig-Ha, onde fica?

RAUL - Krig-Ha seria um rótulo. É uma sociedade que existe hoje no mundo inteiro, com vários nomes. Aqui no Brasil nós batizamos com o nome de Krig-Ha, que é o grito de guerra do Tarzan. Você deve ter lido Tarzan, né? Khig-Ha significa "cuidado"!

O PASQUIM - Bandolo é inimigo, né?

RAUL - É. Aí vem o inimigo. Tinha o dicionário de Tarzan na primeira página. Você lia e tinha a tradução. Eu sabia aquilo decorado. Mas essa sociedade promove acontecimentos. O primeiro acontecimento que essa sociedade promoveu foi o disco, o LP Krig-Ha, Bandolo!

O PASQUIM - E aquele símbolo da sociedade? A chave?

RAUL - Aquele símbolo é o símbolo de Amon Ra, acrescido de uma chave. Esse símbolo tem uma história interessante. Quando o Paulo Coelho, meu parceiro, tava em Amsterdã, em 67, ele estava usando um símbolo hippie no pescoço. E veio um sujeito estranhíssimo e arrancou o símbolo do peito dele e colocou esse símbolo, sem a chave e disse: "Não é nada disso. Agora é isso." Ele ficou assustadíssimo com aquele símbolo no pescoço, mas começou a usar. E nós fomos uma vez, há pouco tempo, escrever uma peça, que nós vamos lançar para o ano. Fomos lá em Mato Grosso, numa tribo de índio. E numa barraquinha de índio tava vendendo esse mesmo símbolo. Uma coisa incrível e batizamos como o símbolo da sociedade.

O PASQUIM - Fale um pouco sobre a sociedade.

RAUL - Como eu estava dizendo, essa sociedade promove acontecimentos. O primeiro foi o LP. O segundo foi uma procissão que foi muito bem sucedida. Foi muito bonito. A gente levou uma bandeira na rua. Uma explosão. Porque vocês sabem que tem havido uma série de implosões. Nós saímos à rua, cantando, foi muito bonito. A terceira foi esse show de teatro, esse show que nós estamos fazendo agora. E a quarta vai ser o piquenique do papo. Nós vamos convidar todos os artistas, de todos os campos e vamos fazer um piquenique bem suburbano, no jardim botânico. Todo mundo. Pra conversar. Um rapaz já se prontificou a fazer um discurso sobre "A Maldade das Formigas."

O PASQUIM - Qual é o fim específico da sociedade? A que ela se propõe? Ela segue uma "filosofia"?

RAUL - Essa sociedade não surgiu imposta por nenhuma verdade, nenhum líder. Não houve liderança no mundo inteiro, como se fosse tomada de consciência de uma nova tática, de novos meios.

O PASQUIM - Da própria sociedade?

RAUL - É, do próprio mecanismo da coisa. Nós estamos correspondendo com pessoas que fazem parte dessa sociedade, inclusive Jonh Lenon e Yoko Ono. Eles fazem parte da mesma sociedade, só que com outro nome. Nós mantemos uma correspondência constante com eles.

O PASQUIM - Voltando à sua biografia. Você poderia explicar sua formação literária, como você chegou a esse texto?

RAUL - Isso aí é uma coisa interessante. Antes de eu vir pro Rio eu pensava em ser escritor. Eu sempre escrevi. Antes de cantar, eu pensei em escrever. Eu tenho alguma coisa escrita guardada no baú , que penso em publicar algum dia. Eu sou muito dado à filosofia, eu estudei muito filosofia, principalmente a metafísica, ontologia, essa coisa toda. Sempre gostei muito, me interessei. Minha infância foi formada por, vamos dizer, um pessimismo incrível, de Augusto dos Anjos, de Kafka, Schopenhauer. Depois eu fui canalizando e divergindo, captando as outras coisas, abrindo mais e aceitando as outras coisas. Estudei literatura, comecei a ver a coisa sem verdades absolutas. Sempre aberto, abrindo portas para as verdades individuais. Assim, sabe? E escrevia muita poesia. Vim pra cá publicar.

O PASQUIM - Você teve a intuição de que a música seria um veículo mais imediato de comunicação?

RAUL - Essa tomada de consciência que eu tive foi há pouco tempo, uns dois anos atrás. Porque eu usava a música por música. E por outro lado eu queria atingir uma coisa pela literatura. Mas eu vi que a literatura é uma coisa dificílima de fazer aqui, de comunicar tão rapidamente como a música. Eu tive uma escola muito importante, que foi a CBS como produtor de discos de Jerry Adriani, de Wanderléa, daquela coisa toda de iê-iê-iê. Eu produzia discos para o Trio Ternura , aquele pessoal. Foi uma vivência fantástica para mim. Aprendi muito a comunicar.

O PASQUIM - E o Paulo Coelho, teu parceiro?

RAUL - Eu conheci o Paulo na Barra da Tijuca, num dia que tava lá. Às cinco horas da tarde eu tava lá meditando. Paulo também tava meditando, mas eu não o conhecia. Foi o dia que nós vimos um disco voador.

O PASQUIM - Você pode falar nisso, já que tá na moda, todo mundo vendo disco voador de novo. Como é que foi isso?

RAUL - Foi depois do FIC, em que eu cantei o Let Me Sing.

O PASQUIM - Ano Passado.

RAUL - Cinco horas da tarde. Então eu vi. Enorme, rapaz, um negócio muito bonito. Inclusive os jornais levaram a coisa pro lado sensacionalista: O cara viu o disco voador. "O profeta do apocalipse." Eu dei muita risada com isso. Mas não foi nada, foi um disco muito bonito.

O PASQUIM - Dá pra descrever o disco?

RAUL - Dá sim. Foi... era meio assim... prateado. Mas não dava pra ver nitidamente o prateado porque tinha uma aura alaranjada, bem forte, em volta. Mas enorme, entre onde eu estava e o horizonte. Ele tava lá parado, enorme. O Paulo veio correndo, eu não conhecia ele, mas ele disse: "Cê tá vendo o que eu tô vendo?" A gente aí sentou e o disco sumiu num ziguezague incrível.

O PASQUIM - Durou quanto tempo mais ou menos?

RAUL - Uns dez minutos.

O PASQUIM - Qual foi o efeito disso em vocês?

RAUL - Ouro de Tolo, que pintou aí. Essa música.

O PASQUIM - Usaram muito esse disco pra dizer que você era místico, um negócio assim. Esse disco voador foi pra parada de sucesso.

RAUL - Falta do que dizer. Não se tem mais o que falar hoje. Tem que se falar mesmo neste lado de disco voador, profeta do apocalipse. O homem que viu o disco voador dá IBOPE, chamam ele pro Sílvio Santos.

O PASQUIM - Independente dessa sociedade, é claro, e das coisas em que você acredita, você não acha que o tipo de atitude que você toma publicamente influi nisso? O fato de colocar nas suas entrevistas que você viu um disco voador, o fato de você ter feito sua procissão e a entrevista que você deu à Manchete dentro do avião, no aterro...

RAUL - Aquela foi gozadíssima. Ela ligou lá pra casa e disse que queria fazer uma matéria comigo, eu disse: "Pois não, mas eu tenho que fazer uma viagem de avião. Eu só dou entrevista dentro do avião." Era aquele avião que tem lá no aterro. Aí nós fomos pro avião 4 horas da tarde. Ela já tava me esperando lá. E Paulo Coelho com a mala. Todos nós entramos no avião "Cê tá gostando da viagem?" Pusemos o cinto de segurança. E ela com um medo de fazer a entrevista, um medo horrível de mim. Aí surgiu a aeromoça, que era minha mulher, servindo sanduíche, cafezinho. Ela ficou apavoradíssima. Mas foi uma brincadeira que nós fizemos, para usar a imaginação.

O PASQUIM - Raul, os sinais, suas letras, está tudo ligado com um magicismo seu. Você brinca muito com isso não? Magicismo, ironia mágica, seja lá qual for. Pra botar isso bem curto: Qualé?

RAUL - Vamos citar o Apocalipse bíblico. Foi escrito numa época incrível, você tinha que falar uma linguagem simbólica, uma linguagem mágica. Mas o Apocalipse é uma coisa que se adapta a qualquer época.

O PASQUIM - Principalmente a atual. É, algumas épocas mais do que as outras, alguns lugares mais do que os outros.

RAUL - É quase a mesma linguagem que nós estamos usando pra tentar dizer, tentar chegar a um objetivo. Não é um objetivo de uma verdade absoluta, porque ninguém aqui quer chegar a uma verdade absoluta e impô-la. Apenas se quer abrir as portas. Para as verdades individuais.

O PASQUIM - Então você quer abrir uma porta na cabeça de quem tá te ouvindo. Não há uma hora em que se fecha de repente? O perigo de fazer essas coisas, o perigo do magicismo, da maneira de dizer as coisas...

RAUL - É uma escada.

O PASQUIM - Mas ao mesmo tempo há o perigo de você se fechar dentro do magicismo! Há esse perigo, você vê esse perigo?

RAUL - Não. É uma escada. Um estágio. Nós estamos no primeiro estágio. Estamos transando com a fase "Terra" da coisa. Esse primeiro estágio tem que ser assim. O segundo estágio é outra coisa, já é mais aberto. Não se pode começar uma coisa assim, você tem que manipular. Por exemplo, Raul Seixas. Eu tô segurando Raul Seixas ali embaixo, como uma marionete. Eu tô aqui em cima. Eu sei até que ponto ele deve subir um pouquinho mais, cada vez mais. Mas nunca ele pode chegar aonde eu estou, não vou comunicar mais.

O PASQUIM - Esse Raul Seixas que você manipula, que está lá embaixo, é em função de quem te escuta e te vê?

RAUL - Esse Raul Seixas que está no teatro Tereza Raquel, cantando esse tipo de música, dando um certo toque mágico na coisa, é necessário. Usando muito a imaginação, a intuição. Longe, fugindo do logicismo. Esse logicismo radical, kantiano, de Pascal. Eu vejo isso como um estágio.

O PASQUIM - Você faz isso mais para se entender ou pra que os outros te entendam?

RAUL - Pra que os outros me entendam. Pra que eu penetre em todas as estruturas, em todas as classes, em todas as faixas. Todo mundo tá cantando A Mosca na Sopa.

O PASQUIM - Eu acho que o magicismo seria uma entrelinha. Você não tem medo então de perder a linha? Você vai tanto na entrelinha que acaba perdendo a linha.

RAUL - Não, que é isso? Sabe por que? Eu tenho medo de hermetismo. Eu acho que não é mais fase de hermetismo.

O PASQUIM - Mas o magicismo pode cair.

RAUL - Mas é um magicismo estudado. É dosado, nêgo.

O PASQUIM - Se você não estiver muito sob controle, pode cair nisso. Isso exige um tremendo autocontrole, conhecimento de si próprio, senão você embarca no próprio som do que você está dizendo. Tem que saber o que você está fazendo.

RAUL - Eu tô fazendo.

O PASQUIM - É isso que preocupa, se você está consciente. Ô Raul, como é que você vê os seus contemporâneos no Brasil? Os que fazem outras coisas, que escrevem romances, fazem poesias, trabalham em jornal, televisão etc.

RAUL - Como eu vejo a realidade? Isso aí é fogo, rapaz.

O PASQUIM - Use o magicismo.

RAUL - Peraí. Eu vou falar uma coisa aqui. Eu vou falar sobre os cabeludos. Eu li outro dia um negócio de Pasolini na Veja. Vocês leram? Achei fantástico. Você já não sabe mais quem é quem. Tá aquela coisa de cabeludo, tá todo mundo estereotipado. Por isso é que eu faço questão de dizer que eu não sou da turma pop, que eu não tô comendo alpiste pop. Eu sei lá, eu acho que tá todo mundo de cabeça baixa, tá todo mundo schopenhauer, todo mundo num pessimismo incrível. Essa geração audiovisual, e digo isso muito maldosamente, eu chamo eles de "audiovisuaizinhos". Minha mulher fala comigo que eu não devo fazer isso com eles, porque a garotada tá sabendo. Tá todo mundo de cabeça baixa, quieto, conformado. Eu sou um cara muito otimista nesse ponto. Sei lá, eu não sei se é a minha correspondência com o planeta, vejo a coisa em termos globais. E tá realmente acontecendo uma coisa fantástica, que é essa certeza e conscientização de que você deve ser um rato, transar de rato pra entrar no buraco de rato, vestir gravata e paletó para ser amigo do rato. E depois as coisas acontecem. Não ficar de fora fazendo bobagem, de calça Levis com tachinha. Esse tipo de protesto eu acho a coisa mais imbecil do mundo, já não se usa mais. Eles tão pensando como Jonh Lenon disse, "they think they're so classless and free". Mas não são coisa nenhuma, rapaz, tá todo mundo dentro de uma engrenagem sem controle.

O PASQUIM - Vamos falar do tempo em que você era produtor de discos na CBS. A sua posição profissional era praticamente ditatorial. Como é que era a tua transa pessoal com essa gente?

RAUL - Eu fazia aquela coisa porque sabia que era uma coisa inconseqüente. Eu fazendo ou não, outra pessoa ia fazer. Eu estava fazendo aquele trabalho, o diretor da CBS queria, e enquanto isso ia aprendendo a usar aquele mecanismo.

O PASQUIM - Você estava de rato?

RAUL - Exatamente. Eu estava de rato, vestido de rato. Foi quando surgiu a idéia de eu contratar Sérgio Sampaio e Edith Cooper, que é uma boneca lá da Bahia, um cara fantástico, muito amigo meu. Nós fizemos um disco chamado Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez. Mas o disco foi misteriosamente tirado do mercado porque não era a linha da CBS. Esse disco foi quando eu botei as manguinhas de fora, foi quando eu comecei a fazer o trabalho. Era um disco que mostrava o panorama atual, o que tava acontecendo, o caos todo daquela época. O caosinho bonitinho que tava acontecendo naquela época.

O PASQUIM - Aí você foi expulso da CBS.

RAUL - Fui expulso em função desse LP. E também porque fui no festival Internacional da Canção, cantar Let Me Sing.

O PASQUIM - Eles não queriam isso?

RAUL - Não. Eles disseram: "Ou você é produtor ou você é cantor." Eu tinha que optar.

O PASQUIM - Raul o que te levou ao hermetismo? O que você andou fazendo de coisas herméticas, e o que te deu a noção de equilíbrio?

RAUL - Foi o primeiro LP que gravei na Odeon. Foi um LP louco, rapaz. Um LP extremamente filosófico, metafísico, ontológico, que falavam em sete xícaras, ou seja, as sete perguntas aristotélicas. Ou seja, as fontes do conhecimento.

O PASQUIM - Como é que chamava o disco ?

RAUL - Raulzito e seus Panteras.

O PASQUIM - Raul, você tem filhos?

RAUL - Tenho uma filha.

O PASQUIM - Em 59, você fazia rock na Bahia. Você conheceu Caetano e Gil na Bahia?

RAUL - Conheci o Gil.

O PASQUIM - Isso foi antes do tempo de Gessy-Lever?

RAUL - Do tempo que eu fazia jingle também. Só que eu fazia jingle rock e ele fazia jingle bossa-nova. A gente se conhecia, 59, 60 por aí.

O PASQUIM - Depois desse contato, como é que foi ficando? Distante?

RAUL - Era uma coisa lá e outra aqui. Nós tínhamos um lugar, o cinema Roma, onde a gente promovia shows de rock.

O PASQUIM - Bossa-nova não?

RAUL - Bossa-nova era no teatro Vila Velha. Era uma coisa bem separada mesmo. Existia um conjunto lá, a Orquestra de Carlito, com Caetano e Gil. E existiam os Panteras. Duas coisas completamente diversas. Mas no fundo eu acho que estava todo mundo querendo chegar a mesma coisa, era só problema de linguagem.

O PASQUIM - Raul, o pessoal que viu o show em São Paulo diz que, além da crítica leve que você fez ao Roberto Carlos, tinha uma crítica ao Caetano também.

RAUL - Tinha não.

O PASQUIM - E a crítica ao Roberto?

RAUL - É uma brincadeira. Porque quando Ouro de Tolo saiu, tava saindo uma música do Roberto em que ele agradece ao Senhor pelas coisas recebidas. Ele disse que agradece, eu digo que eu devia agradecer. Foi isso que os caras pescaram.

O PASQUIM - Você está a fim de ocupar a vaga de guru que o Caetano Veloso deixou?

RAUL - Eu não sei se é isso, não. Acho que Caetano tá sabendo o que tá fazendo. Ele sabe exatamente.

O PASQUIM - Caetano era guru ou não era?

RAUL - Não... Eu acho que ele não assumiu esse negócio de guru. Eu acho que viram ele como uma tábua de salvação, as pessoas tavam precisando dele, tava na hora de um apoio. Então escolheram o Caetano.

O PASQUIM - Ele ainda é o líder?

RAUL - O que você acha?

O PASQUIM - Eu acho que é. E você o que acha?

RAUL - Eu acho que tanto Caetano como Gil, embora sendo trabalhos diferentes, são incríveis.

O PASQUIM - Você falou sobre Caetano e Gil, falou sobre Jonh Lennon. E a sua influência do Bob Dylan?

RAUL - Isso é engraçado, todo mundo fala sobre esse negócio do Bob Dylan. Eu gosto de Dylan, mas não foi uma coisa marcante.

O PASQUIM - Ouro de Tolo tem uma influência.

RAUL - A letra de Ouro de Tolo saiu antes da música. Veio a letra primeiro. Eu só podia dizer aquela monstruosidade de letra quase só falando. Então calhou. Aquela coisa de Dylan, falada, calhou.

O PASQUIM - No ato de compor, o que vem primeiro na maioria dos casos, a letra ou a música?

RAUL - Geralmente vêm juntas.

O PASQUIM - Seu espetáculo é a aplaudido com um entusiasmo, digamos assim, com uma zorra total no teatro. Isso pode ser a força de seu recado. Um recado tão forte que o pessoal quer aplaudir, mas o recado ainda está um pouco na frente do momento. O que você acha?

RAUL - Eu não vou dizer por mim, mas Paulo Coelho acha isso. Ele acha que as pessoas ainda estão em dúvida, estão com um certo receio, assustam um pouco.

O PASQUIM - Raul, você falou sobre a sociedade. E outros planos para o futuro?

RAUL - Eu já tô com o meu segundo LP na cabeça. É como um degrau. Eu dividi o trabalho em quatro fases, simbólicas, é claro, dentro daquilo que nós já falamos, de magicismo. Fase Terra, Fase Fogo, Fase Água e Fase Ar. Somente com a identificação. Essa fase fogo vai ser diferente dessa, dentro do mesmo tipo de música, mas não exatamente iê-iê-iê. É outra coisa, eu prefiro que seja surpresa. Vejam depois de pronto. Eu tô seguindo uma orientação geral, em que eu recebo e dou informações. Em todos os quatro cantos do mundo, a gente tá sempre recebendo, tá tendo informações. Essa outra fase é uma fase de escada mesmo. Um lugar que você vai chegando gradativamente, sabendo aos poucos.

O PASQUIM - Basicamente que público você atinge?

RAUL - Todas as classes. Isso é que é bom. Sabe por quê? Eles assimilaram Ouro de Tolo dentro de níveis diferentes, mas no fundo era a mesma coisa. O intelectual recebia de uma maneira, o operário de outra. Lá em casa tá acontecendo uma coisa muito engraçada. Atrás do edifício estão construindo um outro enorme, então os operários cantam o dia inteiro Ouro de Tolo, com versos que eles adaptam para a realidade deles. Eles transformam os versos, dizem: "Eu devia estar feliz por que eu ganho vinte cruzeiros por dia e o engenheiro desgraçado aí..." Eu ouço o dia inteiro eles cantando isso aí. E as cartas que eu recebi da revista POP, que fez uma transação aí, negócio de "Diga o que você acha da música Ouro de Tolo." Veio do Brasil inteiro. Fantásticas aquelas cartas, eu guardo um monte. Eu li essas cartas todas. Todo mundo entendeu, dentro de uma conotação própria, dentro de um nível diferente. Eu achei fantástico isso. Quer dizer que tá funcionando.

O PASQUIM - Você tem algo a declarar para as novas gerações?

RAUL - Não, é uma juventude sadia, alegre, satisfeita, feliz e contente. Comendo alpiste. Amém.

25 de maio de 2006

25 de maio


Estava esperando minha hora de entrar na net quando uma voz desconhecida pergunta pelo salão, " Quem é o Jim?" ergui a mão esquerda em gesto de quem responde presente na hora da chamada, isso na éopca do colégio. Mas na minha cabeça ecoava a resposta verdadeira que deveria dar as pessoas que fazem perguntas assim... " NÃO SEI QUEM É JIM D." Mas não é disso que quero falar agora. Hoje é aniversário de duas pessoas que admiro muito. Uma dessas pessoas é um amigo já de anos e de sonhos que por vezes esbarra nos meus. Ainda não conseguimos realizar nada em conjunto e isso é o que falta. Jeferson é um músico, ator, poeta pesquisador e auto didata em matérias especiais. Uma das poucas companhias que tenho aqui em Tupã para poder conversar de tudo e a qualquer hora. Por algumas vezes ele salvou minha vida com as conversas mais absurdamente proveitosas que já tive. Ela bem poderia fazer parte do "JIM & THE MORRISON´S". Além de tudo ainda namora uma de minhas amigas mais queridas que é a Helen. Por isso e tudo o mais eu te desejo muitas felicidades meu irmão. quem nunca te falte música nos dias e nos dedos.A outra pessoa de quem quero falar hoje é da DANI, vocalista da banda Vudu Naipes. O que dizer dessa menina que sabe o que quer e ainda por cima encanta a todos nós com sua voz e seu estilo próprio, não é cópia como a maioria das pessoas daqui. Dani quis uma banda e mexeu os pauzinhos e conseguiu. Além da banda conseguiu também amigos pra sempre, além de um namorado muito legal ( A... VC É ESPECIAL) e de um poeta defendendo os sonhos que ela tem, por mais loucos que possam parecer. Dani obrigado por ter trazido encanto novamente a minha vida. Se hj fosse 31 de dezembro, além de eu dizer feliz aniversário a Rita Lee eu agradeceria as pessoas que entraram na minha vida ( monótona como ela só), e as pessoas que valem a pena que permaneceram. A estes dois amigos eu desejo luz e ROCK´N´ROLL SEMPRE.
.

22 de maio de 2006

CUIDADO!!!!

Soube que voltei e por isso se esconde dentro dos armários????
Bom saber que teu medo agora tem um nome e um rosto.
minha sede está muito grande
chega a doer a garganta cada vez que respiro.
Ando pelas madrugadas a espera do momento certo.
um noite vc vira uma esquina e eu estarei te esperando.

19 de maio de 2006

pra quem souber entender o toque

Rockixe
Raul Seixas

Vê se me entende, olha o meu sapato novo

Minha calça colorida o meu novo way of life

Eu tô tão lindo porém bem mais perigoso

Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo

O que eu quero, eu vou conseguir

Pois quando eu quero todos querem

Quando eu quero todo mundo pede mais

E pede bis

Eu tinha medo do seu medo do que eu faço

Medo de cair no laço que você preparou

Eu tinha medo de ter que dormir mais cedo

numa cama que eu não gosto só porque você mandou...

Você é forte mais eu sou muito mais lindo

O meu cinto cintilante, a minha bota, o meu boné

Não tenho pressa, tenho muita paciência

Na esquina da falência que eu te pego pelo pé

Olha o meu charme, minha túnica, meu terno

Eu sou o anjo do inferno que chegou pra lhe buscar

Eu vim de longe, vim d´uma metamorfose

Numa nuvem de poeira que pintou pra lhe pegar

Você é forte, faz o que deseja e quer

Mas se assusta com o que eu faço, isso eu já posso ver

E foi com isso justamente que eu vi

Maravilhoso, eu aprendi que eu sou mais forte que você

16 de maio de 2006

carta...

Tupã, 15 de maio de 2006•.
2h40 am


Caros Amigos


Domingo e segunda-feira foram dias muito difíceis para mim. Algumas coisas me foram ditas e calaram fundo, me d
eixaram transtornados e pensando em um monte de coisas. Gostaria muito de que as pessoas viessem conversar comigo ao invés de acreditar em boatos. Estou aberto ao diálogo sempre. Gosto muito de fazer novas amizades e tudo. Procuro ser sincero com todos, falar de tudo. Esforço-me para não deixar nenhuma pergunta sem resposta e, às vezes isso me fere muito porque não somos feitos para tentar compreender as diferenças ou os outros pontos de vista.
Não sou melhor e nem pior que ninguém, sou mais um que busca o entendimento com os outros. Não tenho a utopia de ser aceito por todos, creio que ninguém quer realmente. Toda unanimidade é burra. Contudo prefiro que me deixem em paz; A qualquer dúvida me comprometo esclarecer. Já não tenho sonhos. Todos acabaram em dois dias.

Tomei a decisão de me retirar do Orkut.
Também encerrarei o blog DOMÍNIOS DE HADES/ UÍSQUE, RUM, ROCK & BLUES.
O mesmo acontecendo com o flog jimd1
E com o MSN. Pelo menos por enquanto.

Preciso de um tempo para decidir o próximo passo, a próxima ruptura. Não espero que todos compreendam, mas espero que aceitem e respeitem. Pretendo também deixar de escrever meus poemas, crônicas, contos ou tudo que me revele. Sempre acreditei que sem verdade não vale a pena escrever.
Tudo em suspenso, tudo no aguardo.


Até mais.


Jim d.

Com amor e com medo

...

essa é minha desrição no orkut. me pediram pra publicar aqui tb.


Talvez vc não goste de minha barba e nem do fato de eu andar comumente vestido de preto. Talvez vc me ache um sujeito perigoso ou mais um boçal que caminha pelas ruas deste reino falido. Me dê uma chance, venha conversar comigo e te direi dos poetas que berram suas dores em campos mortos como eu. te direi da chuva que derruba a dor e faz nascer uma luz nova. queria que as pessoas não ouvissem tanto as histórias e viessem conhecer os fatos...
bem primeiro tenho que dizer que ando pensando seriamente em ir embora
" Olha meu charme, minha túnica, meu terno
Eu sou um anjo do inferno que chegou pra lhe buscar.
Eu vim de longe, vim de uma metamorfose, numa nuvem de poeira que pintou pra lhe pegar"

" Partida
Farto de ver. A visão que se reencontra em toda parte.
Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre.
Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões!
Partir para afetos e rumores novos."
(RIMBAUD)

ando procurando um saida mais próxima de qualquer coisa. Ultimamente ando lendo para caralho e a vida se arrasta por mais um dia sem fim.

15 de maio de 2006

de volta ao hades...


É difícil ouvir que não existem muitas pessoas que gostam de você. Muitos acreditam na propaganda antes de conhecer-me. Ouvir de vc que "existem muitas pessoas que não gostam de vc" foi horrível, foi como ferro em brasa entrando em minha carne. Já vinha me sentindo sozinho neste caminho, depois de hj quis me enterrar. Sumir no meio da tristeza.
Ver em teu rosto a decpção estampada me dilacerou... desculpe
Pri
quanto silêncio
quanto tempo
dias que foram vividos
e hoje são guardados
em minha memória.
Amizade que mantenho como
um tesouro
por que toda amizade no fundo
é isso mesmo

11 de maio de 2006

Pra vc...

Coisas do Coração

Composição: R. Seixas/Kika Seixas/C. Roberto

Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não
Coisas do coração!Coisas do coração!
Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais!Paixão e nada mais!
Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!
Coisas do coração!Coisas do coração!
esta madrugada eu estava sentado em minha sala e reparando em meus livros quando me dei conta de que tenho os livros que mais influenciaram o pensamento do homem que mudou alguma coisa. Começo pelo primeiro "Folhas de Relva" de Walt Whitman que foi o cara que defendeu o estilo de poesia livre. Influenciou todos os que vieram depois... isso ainda no século 19.
Depois veio Allen Ginsberg com o seu "Uivo" livro de poemas que também mudou a cabeça da galera mas isso já eram os anos 50 do século 20.
O terceiro foi o "On The Road" de Jack Kerouack que me inspirou o estilo de vida que levo. E foi verdadeiramente o que me deu a porrada. foi quem me disse quem eu era realmente

10 de maio de 2006

"OLHOS DE NUIT" trecho

eu com o meu fuçomêtro ligado sou um perigo... por que vejam o que encontrei... um pequeno trecho do primeiro romance que eu escrevi, "olhos de nuit". é de quando eu morava em cuiabá... sei que tenho mais escondido por ai.

“O que você quer saber? Você tem medo de quê?” As perguntas surgiam como flores em um terreno próprio. Seus olhos castanhos procuram apoio nos meus, estávamos juntos e isto era tão forte como o tempo. Nuit fixou seus olhos na vitrine da padaria logo atrás de mim o que quer que ela estivesse vendo eu também veria através do reflexo em seus olhos e a confirmação viria através de seu pensamento. As portas da percepção estavam limpas, abertas para sempre.
Nestas horas o que mais eu poderia fazer a não ser sorrir? Com o passar dos anos percebi que este meu pequeno hábito, sorrir quando iria fazer algo inusitado, desmascarava as intenções. Era como se o click da arma pudesse salvar a vida de quem seria alvejado, mas não funcionava assim.
“Sua atenção não é o suficiente para quem quer aprender a voar.”
“Como assim?”
“Sei que o que você quer está nas minhas costas, mas o que te digo é: existem dois caminhos e você só tem uma escolha. Dependendo do que você escolher eu irei me levantar e este encontro nunca terá acontecido para mim.”
“Mas eu sei que nós nos encontramos e sei quem você.”
“Não, você não sabe quem eu sou. Na verdade você nem desconfia quem eu sou. E caso você venha a dizer a alguém que conversou comigo eu posso simplesmente desmentir. Faço isso a todo instante.”
“E por que você faz isso?”
“É uma forma de me proteger.”
“Você tem medo do quê?”
“De morrer e não Ter alguém do meu lado. Fora isso não tenho mais nenhum medo.”
A verdade de minha vida simplesmente ia saindo, não estava preocupado sobre o que quer que ela poderia guardar como lembrança destes momentos.
Pelo cantos do olhos vi o momento exato que a Sabbath Girl se levantou da mesa, apanhou a carteira de Marlboro e partiu. Seguindo a lógica dentro de três minutos Vampiro atravessaria a ruas e me daria o sinal de que era o instante de que eu teria de partir. Sempre achei essa forma teatral de se sair dos lugares uma grande jogada. Ninguém percebia como funcionava o mecanismo.
“Você não precisa me dar a resposta agora. Até amanhã”
“Também tenho que ir. Está na hora do meu ônibus.”
Isso era ótimo, não a deixaria sozinha naquela mesa. Ela se levantou antes que o jogo desse prosseguimento. Disse tchau e se foi, fiquei olhando enquanto ela atravessava a rua e seguia em direção ao ponto de ônibus.
Levantei-me em seguida, acendi um cigarro e fui para a esquina. Sabbath me esperava dentro do carro, ao perceber que me aproximava ela saiu do carro. Esperou que eu chegasse bem perto e só me fez a já sacada pergunta.
“É ela?”
“Sim.””
“Mas ela ainda é uma menina. Quantos anos ela tem?” “ Dezesseis.”
“Então. Será que ela está preparada?”
“Sabbath. Eu tinha quatorze anos quando comecei. Você tinha a idade dela, se bem me lembro.”
“Você é que sabe.”
Senti um forte arrepiou percorrer toda minha espinha. Olhei em direção do ponto onde ela estava e senti o perfume dela. Não podia deixá-la ir daquela forma.
“Sabbath, acho melhor você voltar para a base. Ainda tenho uma coisa a dizer a ela.”
“Me diz uma coisa. Você não se interessou por ela, não foi?”
Sem dizer nada apaguei o cigarro com a sola do tênis e comecei a Segunda parte do jogo. Sabia que o ônibus demoraria ainda uns vinte minutos, o tempo suficiente par se Ter certeza.
Cheguei em silêncio.
“Olá”
“Estava pensando em você agora mesmo.”
Tirei meus óculos escuros e olhei o mais profundo que poderia. Era ela.
O que foi dito não ficou marcado em minha lembrança. Sabbath estava certa, eu havia me interessado por ela e não conseguiria esconder mais. A guerra estava declarada.
Dentro de todo o esquema do que me propus como vida Nuit estava completamente fora de possibilidade. Mas eu não iria desistir. Só queria saber o quanto valeria a pena esta guerra.

9 de maio de 2006

sabe quando vc conhece alguém e de cara percebe que serão sempre bons amigos??? Isso aconteceu com Kali e comigo. ela me compreende e sabe que sou um pisciano apaixonado e sonhador, um poeta desesperado. e hj ela me apresentou esse texto que ela escreveu ontem a noite e achei muito legal... ela escreve muito bem e eu adoro ler os poemas dela fazendo voz de locutor... auhuahuha saudade disso minha irmã. Bem segue o texto

"Desde que pude perceber a profundidade daquele olhar triste eu não consegui seguir sem tentar fazer parte daquilo que eu via.
Nada do que eu supus foi declarado as pressas, mas mesmo assim eu já sentia que era pra ficar aquilo em mim.
Veio sei lá de que tempo, sei lá de que espaço, mas ficou concentrado abstratamente na minha pele o fervor que agiu dentro de mim quando fui tocada.
Até hoje, mesmo com toda essa história em volta, eu posso notar claramente como meus sentidos foram tomados daquele tempo nublado em diante.
Meu príncipe nunca veio sentado em cavalo, mas sempre vestia camisa branca de manga longa, é o século XXI.
Foi carimbado entre as portas, as cadeiras e os corredores daquele lugar. Era alguém de camisa branca!
Reconheci."...


massa né, ela tinha que ter saco de fazer um blog...
FAZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

8 de maio de 2006

A FELICIDADE É CLARA

Entre ela e eu existe 12 anos de diferença. Mas nem parece por que é incrível a entrega. A felicidade que habita a "nossa" casinha é forte e real, quase palpável . Sempre entre gargalhadas dela e meus sorrisos. Entre os olhares que ela lança e os poemas que escrevo celebrando nosso encontro e o dia a dia comum de qualquer casal, coisas simples que terminam por deixá-la surpresa como fato de que eu sei cozinhar e cuidar de uma casa. século XXI total. Vamos assim entre beijos que são trocados nos descobrindo hoje e sempre por que não nos falta assunto, não nos falta palavras, não nos falta nada. Criamos um mundo tranquilo e poético. Amenas tardes em que passamos um nos braços do outro, um mergulhado nos olhos do outro, um curtindo o outro. Não existe outra pessoa a quem eu queira ler meus poemas e os poemas de outros autores que amo. Não existe outra pessoa com quem queira ficar no meu cantinho ouvindo música, bebendo vinho. Tecendo uma história de respeito e carinho sinto que estou completo por que me sinto real. O poeta encontra a sua musa e eles permanecem junto, por que essa é a moral da história, esse é o sentido da vida. Não existe outro motivo a não ser a real felicidade, a felicidade sem meias medidas, sem afetações... a felicidade pelo trivial, pelo estar junto... a felicidade é clara não adianta querer criar teorias ou coisas assim por que eu acho que tudo aqui já foi dito...

5 de maio de 2006

PERSÉFONE


Perséfone





o rapto de perséfone por hades







Os antigos ritos misteriosos celebrados em Elêusis, localidade da Ática, tinham no mito grego de Perséfone seu principal motivo simbólico. Perséfone era filha de Zeus, senhor dos deuses, e de Deméter, deusa da agricultura. Ainda era uma jovem donzela - em grego, koré, o que explica o fato de também ser chamada de Cora - quando foi raptada por Hades, o senhor dos mortos, que a levou para seu reino subterrâneo e a fez sua esposa. Ao saber do rapto, Deméter ficou desesperada e descuidou-se de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve grande escassez de alimentos. Zeus ordenou a Hades que devolvesse Perséfone, mas como esta comera uma semente de romã no mundo subterrâneo não podia ficar inteiramente livre. Estabeleceu-se então um acordo: Perséfone passaria um terço do ano com Hades. Os quatro meses ao ano que Perséfone permanece no mundo subterrâneo correspondem à aparência árida dos campos gregos no verão, antes que reverdeçam com as chuvas de outono. O mito simbolizava o ciclo anual da colheita. Deméter representava a terra cultivável, de que nascia Perséfone, a semente que brota periodicamente. O amor de Perséfone por Adônis, relatado em outra lenda, achava-se igualmente vinculado aos rituais agrícolas. Na mitologia romana, a deusa foi identificada com Prosérpina. O rapto de Perséfone foi celebrado por poetas como Ovídio e também serviu de tema para diversos pintores do Renascimento.

HADES


Perséfone e Hades... por que quando quero dizer algo eu digo e quando quero fazer eu faço... .


HADES ( PLUTÃO ) Deus dos mortos.Seu nome significa "o invisível". Era também conhecido por Plutão, que significa "rico".Era filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de Zeus e Posêidon. Quando os três irmãos dividiram o universo depois de terem deposto seu pai, Cronos, do trono, à Hades foi concedido o mundo subterrâneo.Acreditava-se que, com seu carro, viesse ao mundo para buscar as almas dos mortos. Possuía um capacete que o tornava invisível. Aí, com sua rainha, Perséfone, que ele havia raptado do mundo superior, determinou o reino dos mortos. Somente Hades tinha o poder de restituir a vida de um homem, porém, utilizou-se desse poder pouquíssimas vezes e, assim mesmo, a pedido da esposa. Embora fosse um deus impiedoso e severo, o qual não atendia à nenhuma oração ou sacrifício, não era mau. Aliás, era conhecido também como Pluto, senhor dos ricos, porque tanto colheitas como metais preciosas acreditava-se provirem de seu reino inferior. O mundo subterrâneo freqüentemente era chamado de Hades. Foi dividido em duas regiões: o Érebo, por onde os mortos passavam imediatamente após a morte, e Tártaro, a região mais profunda, onde os Titãs haviam sido aprisionados. Era um lugar infeliz e sombrio, habitado por formas vagas e sombras, além de ser cuidadosamente guardado por Cérbero, o cão de três cabeças e cauda de dragão. Rios sinistros separavam o mundo subterrâneo do mundo superior, e o velho barqueiro Caronte transportava as almas dos mortos através destas águas. Em algum lugar na escuridão do mundo subterrâneo estava localizado o palácio de Hades. Era representado como um lugar lúgubre, escuro e repleto de portões, repleto de convidados do deus e colocado no meio de campos sombrios uma paisagem assombrosa. Em lendas posteriores o mundo inferior é descrito como o lugar onde os bons são recompensados e os maus são punidos.

1 de maio de 2006

pelo vinho derramado 2

fiquei lendo o que vc me escreveu e digo calmo e desesperado que também não dormi direito mas tive de fazer o que fiz. claro que temos muitas escolhas e muitas formas de fazer as coisas, poderia não ser sincero e ir levando as histórias, mas não sou assim. quero poder olhar nos olhos de quem faz parte de mim e saber que não houve dúvidas, nada foi deixado pra trás.
posso olhar os olhos que me encantam e apreciar o sorriso que brota em tua boca, não há pecado e nem traição. não há nada que me faça desistir.
espero mesmo receber um recado teu, um e-mail, ou que vc me ligue.
preciso ouvir tua voz.
até mais
um beijo

pelo vinho derramado

sai caminhando pensando em um muita coisa, tudo rodando em minha mente. desejos não realizados doem como punhais cravados na pele. sei que vc tem um bom motivo, mas nem posso mentir e vc sabe disso.
A decisão que tomei, quero que vc saiba, não tem muita coisa a ver com vc. Não é
POR VC, é por mim. MAS não posso negar que te falar um pouco melhorou as coisas na minha cabeça. me deixou com mais vontade de voltar a ser eu mesmo, por que muita coisa fica perdida enquanto tento fazer outra pessoa feliz, mas vc e eu sabemos que não serei eu a fazer isso.
agora enquanto a nós, e o que foi dito, e o que ficou suspenso no ar, o que ficou preso nas mãos e no vento enquanto caminhávamos e as coisas surgiam calmamente, mesmo tudo sendo um pouco sem jeito, um pouco com medo ( na verdade com muito medo). fiquei calado? fiquei pasmo? me entreguei? não sei
prefiro deixar as conclusões para quando o sol aparecer e resolver as dúvidas.
ainda estou confuso sim e daí? como será que vc está?
o que pensou realmente? o que sentiu?
deuses me ajudem... quero entender
ver um pouco mais do seu riso e
experimentar seu humor,
ganhar tua confiança...
não estou bom pra escrever, muito eufórico ainda
te espero.
beijos

27 de abril de 2006

Por que????? D...


por que vc resolveu ir?
a noite sem você será tão quieta
e não teremos mais a mesma forma
não seremos mais que lembranças?
e depois do primeiro passo
cada um pro seu lado,
cada um no seu jogo
a guitarra deixada de lado
a música ecoando
solta no ar
um grito de alerta
uma lágrima de lamento
um instante que mudou
os sonhos
os mesmos
somos outros
mas ainda somos os mesmos

26 de abril de 2006


Sempre aparece uma pessoa legal que me apresenta um disco novo, um autor, um pintor, uma bebida, um cigarro, um pôr-d0-sol... sempre aparece essas pessoas que me ajudam no meu dia-a-dia e muitas vezes elas nem sabe que me ajudam e o quanto.
Recentemente quem vem dando um brilho especial é a Ju, lá de Aracajú/Sergipe. Ela me apresentou ao som da banda Cachorro Urubu, que faz um cover de responsa de Raul Seixas, e mais recentemente ela me apresentou a banda Rokassetes. Banda lá do nordeste que está aqui em Sampa procurando um lugar ao sol...
Além de tudo isso ela ainda tem um pusta sorriso cativante e adora palhaços (será que é por isso que nos damos bem?) E além de tudo escreve com sentimento, transmite e trasnpira afago... muito bom mesmo. ela tinha de publicar um livro e logo. Virei fã. Bem nem vou falar das fotos que ela tira e das imagens que ela encontra e dá sentido com as palavras...
Fica aqui esse cheiro pra vc minha inha (sim isso é coisa de baiano)
beijos mil...

24 de abril de 2006





as coisas mais sérias eu digo rindo
declaro guerras, escrevo canções
amo no meio da relva e choro
de lábios abertos
por que sou acima de tudo um desesperado

21 de abril de 2006



por que vc ouve e eu tb...
















Tangerine
Led Zeppelin
(Jimmy Page)

Tangerina
Medindo um dia de verão
Eu apenas concluo que
Ele descolore para o cinza
As horas, elas me trazem dor
(Refrão)
Tangerina, Tangerina
Reflexão viva de um sonho
Eu era o seu amor
Ela era minha rainha
E agora mil anos se passaram
Pensando como era antes
Ela ainda se recorda
De tempos como estes?
Para pensar novamente em nós?
Eu me lembro

Carta aberta





Se o coração senha estaria danado por que sou transparente e não sei esconder as coisas que me sacodem a alma. Gostaria até de aprender a não olhar tanto as pessoas nos olhos, mas daí jamais teria encontrado pessoas maravilhosas como vc.
Parece besteira, uma onda que sabe-se que pode afogar, sorte eu saber nadar.
Tem quase uma semana que não nos falamos... sumimos ambos. Andei apostando nos sonhos de alguns amigos e isso andou me fazendo um bem danado. Mas mesmo assim ainda falta vc.
Black Dog anda bem, prometo enviar fotos, andei tirando algumas. Escrevendo muito e tentando separar o joio do trigo, mas falta vc pra que eu possa mostrar o que ando produzindo.
O peito anda carregado por uma vontade louca de berrar pelas ruas. Anda meio chiado também por conta dos cigarros e bebedeiras, mas no fundo tudo bem.
E vc? Quais as novidades?
Falta um pouco mais de cores na minha vida e eu procuro uma decoradora...
paixões...

19 de abril de 2006

VUDU NAIPES... SURPRESA????




na foto a banda VUDU NAIPES em ação
Daniele (vocal) Jaqueline (baixo)






Na noite de terça feira aconteceu o previsto e aguardado show da banda VUDU NAIPES, não foi o primeiro, mas o melhor até agora. Fico imensamente feliz em dizer que aqui em Tupã tem Rock'n'roll de qualidade técnica e tudo o mais. O público conheceu um grupo de amigos que terá um caminho a trilhar e o fará com responsabilidade e respeito.
Daniele provou que É uma CANTORA com pontencial, soube driblar sim o nervosismo e se entrosar ao público. Ensinou o refrão da primeira música da banda "PSICOPATA" da qual já me tornei fã, podem dizer os P.I.M.B.A.S (*) que é um instrumental fácil, primário... mas o que encanta é a simplicidade e a letra é o Máximo.
Jaqueline tem além do controle do baixo um humor certeiro que não é encenação, ela é assim mesmo. Claro que adorei o momento em que ela esmurrou o instrumento, sobretudo por que tem de colocar pra fora mesmo.
Joice encantou com sua base na guitarra e sua calma aparente em dar o primeiro passo. Mesmo sendo quase sempre uma figura calada e digo até misteriosa é fascinante saber o que anda na mente dessa garota. A letra de " Psicopata" é dela.
Daniele (D2) eu conheci somente na tarde do show e chegou pilhada pelo nervosismo e por um outro compromisso na mesma noite. Um jogo marcado para as 19h que ela disse que ganharia e que viria fazer uma boa apresentação. Assim dito, assim feito. Ganhou o jogo e veio dominar os solos. Parabéns pela garra
Lavado é o divertido bateirista da banda, digo também um cara levemente estabanado mas competente quando o cerco se fecha. Tocou como se estivesse em transe, digo isso por que eu o vi de perto ali no palco com uma feição calma e lívida, uma calma proveniente do desespero.
Foi compentente até na hora da entrevista para o Ademir André da 97,7 FM.
Os amigos presentes, alguns familiares e muito rock. Uma boa noite realmente.
Conversas depois da apresentação demontraram aos integrantes da banda e da equipe de apoio o que estava nítido. VUDU NAIPES SABE O QUE FAZ.
Ficou claro uma coisa também e isso foi o que mais me fez bem; ser filho de fuano ou de cicrano não basta. tem que ter TALENTO E AMOR pelo o que realiza e novamente eles foram ótimos. Tão bons que MR. Jeff pulava feito um alucinado e pra mexer com um músico do gabarito deste jovem mestre é por que eles tem sim o que dizer...
fico por aqui
até mais

(*) Pseudo Intelectuais Metidos a BestA

17 de abril de 2006

conheçam

Eu Sou Aquele Que Disse

Sérgio Sampaio

Eu tenho os dias contados
Um encontro marcado
E as mãos na cabeça
Eu tenho o corpo fechado
Que soltem as feras
Diante da mese
Eu sou aquele que disse
Tanto limão pelo chão
Soltem cachorros nos parques
No pátio interno os ladrões
Cante, converse comigo
Antes que eu cresça e apareça
Mesmo eu não estando em perigo
Quero que você me aqueça
Neste inverno, ou não
Neste inferno, ou não
Aqui, meus olhos vermelhos
Meu rosto pregado
Antes que eu esqueça
Aqui, eu abro meu jogo
Não mato, não morro
Nem perco a cabeça
Eu sou aquele...
Eu sou quem pede e não manda
Mantenha distância
Da minha cabeça
Eu sou quem acha e não acha
E se fala e se cala
É debaixo as mesa
Eu sou aquele...

13 de abril de 2006

relatos da fase branca

Relatos da fase branca


Seus medos te perseguem como guerreiros alados?
Seus medos te perseguem como demônios ?
Tuas virtudes te abandonam como o acaso que não corrompe o tempo
Tudo é válido e falho.
Tudo perde seu brilho depois da primeira catástrofe.
Crianças que guiam o mundo brincando de deuses
Trancados em seus gabinetes com sus mentiras explodindo em campos vizinhos
Assassinando outras crianças menos favorecidas no jogo dos ratos.
O sonho apenas é válido para quem tem a Lua como guia
O real apenas é válido para quem tem o Sol como irmão?
E o som que tuas angústias promovem, será que te transformará em uma pessoa melhor?
Será que o silêncio te perturba da mesma forma que faz comigo?
Quais são teus amigos?
Quais são teus inimigos?Quem você ama realmente?
Quem é teu deus?
Teus olhos mentem, teus braços prendem
Teus beijos ameaçam e tua ausência é nociva
O que você faz enquanto eu me consumo em dúvidas?
O que você faz enquanto eu me guio pela noite?
Meus amigos pensam em comunidades. Exercem seus destinos como quem comanda as areias da ampulheta.
Nesta casa os espelhos não repetem os porquês
Não repelem os porquês os habitantes deste universo em expansão e em eterna e terna rota de colisão com o convencional.
Aqui o Lugar Comum não passa de um livro
Lugar distante fica no olho esquerdo de qualquer furacão.
Quem tem companhia para as noites de solidão em que as bruxas estão à solta e tudo o que te define são os pontos de interrogação...
Tente se definir enquanto o mundo desaba.
Tente correr para um abrigo nuclear nos braços do teu pior inimigo
Quem está ao teu lado na hora das lágrimas?
Quem está em você no momento da fúria
Deus existe?
“Catequizaram os índios” rolou um poema em uma festa de república da turma de filosofia da Unesp em 1996,
mas e a mim... quem catequizou?
Qual o valor que te impede de ser ativo?
Qual o valor que te impede de ser você?
Estrada branca e comprimida entre as soluções
Será que alivia? Será que te protege?
Anjos lutam ao redor do campanário semi destruído.
Guerreiros empunham suas armas sonoras e espalham seus desejos
Três e quinze da manhã e o sono não virá hoje... eu tenho mais o que fazer.
Penso em várias coisas ao mesmo tempo e não quero ficar aqui parado fazendo nada.
Vulcões explodem jogando lava e espalhando medo
Ela me disse que também tem medo de mim.
Profeta lunático, descendente de índios
Nascido em terras do grande deus tupi, salve Tupã.
Sempre procurando alguma verdade plantada nos quadros da parede
Vicia a forma do papel em loucura
Garganta cheia de areia
Cabeça explodindo amanhãs
Ações escondidas em bocas caladas
Idéias abortadas de guerras não deflagradas.
O som da loucura, a primeira sensação que ela promove é extremamente caó
tica

Na tv o desenho dá um toque
Na tv o sangue escorre em canais diferentes.
Você sabe o sabor do beijo da morte?
Qual é a cor dos olhos da esperança?
Qual é o motivo que te leva para frente?
Sejamos sinceros, não existimos enquanto não propomos o caos e o progresso enquanto meta.
Chegaremos a algum lugar e em qualquer momento os raios de uma nova virtude te alcançará e não adianta correr... a vida te apanha na próxima esquina.
Um amigo disse que não estamos nem aí para o que será feito de nossos atos. Eles não ficarão em um livro, não serão analisados. Não crer no que se pode ser é pior do que tudo.
Em meus sonhos, às vezes, encarno o animal que há em mim. A visão muda e abarca o que me encanta. O caminhar é silencioso e sinto um gosto forte de sangue em minha garganta, não posso fugir desta realidade, sou eu sem máscaras.
Você me inspira e nega que há estrelas que brilhem mais que teus olhos. Sei lá, às vezes, bobagens românticas me ganham, às vezes me encanam e pior ainda quando me engana.
O prazer, antes era vendido em uma pharmácia. Hoje é crime.
Alcoolismo é bonito e aceito pela sociedade.
Dr. M bebe sua garrafinha de uísque e acha feio que sua filha seja lésbica e fume sua maconha. Não entendo qual a razão se em seu consultório, talvez, ele acaricie sua secretária e aspire suas carreiras. E para sua filha o que ele aspira?
A infância fica para trás completamente? E a insegurança... passa?
Medo eu faço questão de Ter ao lado, sempre berrando e me alertando de que algo pode estourar meus miolos. Meu copo está vazio. Meu corpo está vazio e minha cabeça não para de produzir.
Penso eu que em uma dessas viagens meus dedos irão, simplesmente, cair de tanto digitar. Será que mais alguém tem a mesma necessidade que eu?
Armam o próximo tiro e o estalo que provoca não mata... cria.
Reconheço a complexidade e a falta de ser Ter uma ordem na minha forma de escrever, sei também que isso não interessa a ninguém.
Sonhei com a Nuit, ela me dizia: “ O silêncio é filho da puta. Ele não diz nada e chega fazendo o maior estrondo.”
Arquiva tuas esperanças em dias que não serão esquecidos. Não serão perdidas tuas ilusões.
No meio da mata os ruídos dos espíritos dos índios promovem um Kuarup.
Dançam em volta das fogueiras e cantam suas guerras, cantam suas histórias.
As chamas abençoam o local que, por encanto volta a ser habitado.
Tudo estaria normal se a mata ainda estivesse lá. Se não houvesse sido violada a mata não estaria pavimentada e nem haveria postes atrapalhando a visão da Lua.
Em frente à casa, uma pessoa guarda nossos mais preciosos bens. Nossas cabeças armadas, prontas para o ataque final.
Enrolaram o herói na bandeira, ele não mentirá mais
Enforcaram o alferes em praça pública. Os outro foram exilados.
Proclamaram a independência, mas não abriram as algemas ainda.
Aboliram a escravidão e pouca coisa mudou desde então.
Transformou-se em república e hoje vendem a justiça em pedaços pequenos nos açougues do centro da cidade.
Aonde você estava quando meus olhos ficaram vermelhos pela primeira vez?
Aonde você estava quando meus pés ficaram em carne viva e a vida me perseguia, cada vez mais perto. Meu copo está vazio novamente.
Aguardente, desce adormecendo a língua me impedindo de ficar falando, discorrendo sobre o absurdo de ainda estarmos encharcados de suor e receio de ficar com as portas abertas. Loucos e presos dentro de casa
Ultimamente ando compondo muito, tenho uma porção de novas verdades para distribuir entre meus amigos.
Quem sabe o que eu quero dizer com PAZ?
“Novidade” gritou a consciência. Queria um novo sorriso estampado para uma situação já conhecida por todos há tempos. Nascimento e morte já não era novidade. Os relógios eram o quê afinal de contas?
Quem lembra como foi o início de tudo? Quem se lembra do exato instante em que algo deu o bum inicial do grande processo de metamorfose. Mudei para caramba nestes últimos seis anos e quero mudar o dobro nos próximos seis.
O que quer eu faça só tem um objetivo, registrar a história do universo que habito. Sempre e sempre terei coisas a lembrar e algo a dizer sobre o que nascia ao meu lado.
Me emocionei com os sons que minha solidão ou meu silêncio proporcionavam. Claro que nem todos compreendiam. Eu era novo nas engrenagens que eles já havia criado há alguns anos atrás. Será que ninguém percebeu que fico quieto para poder captar quais são os tijolos usados nos sonhos de cada um que fazia parte do processo.
Com o tempo o teatro foi perdendo algo que nem sei se teve realmente em mim, creio que tudo será assim em minha vida, passageiro sem bilhete de um sonho coletivo.
Quem consegue entender que faço o que faço por que gosto. Bebida para mim é primordial, gosto de sentir aquele líquido descendo por minha garganta e me entorpecendo aos poucos. Não é fuga é paixão. A mesma coisa acontece com o cigarro ou com qualquer outro vício que eu tenha.
Escrevo compulsivamente procurando algo que me tire este nó enorme que tenho na garganta. Não sei até quando isso irá durar. Algumas vezes, confesso que essa condição me faz prisioneiro da necessidade de desabafar. Fico maluco sem papel e caneta a mão... Só queria entender por que o que eu escrevo tem uma tristeza em uma solidão tão aguda e tão forte.
Não tenho certeza se acredito em deus. Acredito em energias e em coisas que, a meu ver, mais ninguém acredita. Mantenho-me calado escutando as mensagens que o vento me traz. Compreendo as regras do jogo senhores.
Tenho medo de morrer sem Ter alguém do lado. Já basta Ter sido solitário durante a vida toda. Mas eu não tenho pensado mais em morte. Hoje sei que a estrada fervilha em mim uma necessidade filha da puta de ser família.

Era noite e o que me fez feliz de tarde agora transformava o instante em apenas mais um aperto. Confuso o momento em que proponho ser eu e dizer as minha verdades. O que eu sou espalha-se por sobre teus ombros e o horizonte diz muito mais de nós dois do que qualquer outra coisa. Isso é Mágicka.
Antes eu me sentia que caminhava sozinho e que ninguém mais sabia do que meus escritos diziam. Não queria ninguém que fosse traduzir a simplicidade em um quadro do Dali. Só quero seguir dizendo e contradizendo o que quer que seja tomado como verdade.
Não quero ficar preso. Quero caminhar pelas ruas deste bairro. Seguir à procura de algo que esteja prestes a acontecer. Em cada esquina uma história pode ser contada pelos bêbados que a mede com a incerteza de seu passo ou de sua existência.
Amanhã vai chegar mesmo e os sonhos não estarão habitando o quarto de dormir. Deixo a cortina fechada para fazer durar a noite até o instante que eu cansar de ficar sozinho.
E amanhã tem mais...

Cuiabá-13 de outubro de 2002

Escrevi tudo o que poderia Ter sido dito em uma conversa que talvez nunca houvera acontecido. Não me lembro da sensação de descansar a cabeça no travesseiro, mas sei que dormi. Meu corpo não estava dolorido como ficava quando curtia as noites na casa do Jhon Cogumelo em Tupã. A vida estava me levando para um jogo que eu desconhecia as regras, mas fazia as apostas consciente do risco de perder e sabia o que eu perderia


Ventilador parado não traz solução




11 de abril de 2006

tom zé

Mamar No Mundo

Tom Zé

Oh! mamãe,
eu quero é mamar no mundo.
Quero, papai,
saber no fundo.

Negar a boca do pai
para eu mesmo descobrir,
desesperar-me de medo
perante cada segredo

Eu sofro de juventude
essa coisa maldita
que quando está quase pronta
desmorona e se frita.

Negar tudo que é sagrado
para aprender a rezar
entrar no quarto da lua,
vestir a língua da rua.


Conto de Fraldas

Tom Zé

Penso: que pena que seja pouco

só penso pensamento

que possa te procurar,de cá, de lá, menina

baile beijinho

beijo beijocao b da brincadeira

brinquedo balbuciar, ciar

ciar, menina

tim-tirim-tirim-timtirim-tirim-timtirim

my love lua da lenda longe me leva lá

no dia que te conheci

eu ainda molhava a camamo-lha-va-a-cama-á-á-á

6 de abril de 2006

como nasceu JIM D.


republico aqui por que as pessoa continuam me perguntando a mesma coisa
Meu nome de batismo é...
Conto aqui como nasceu Jim D. o poeta soteropolitano que habita minha cabeça...

O Nascimento de Jim d.




Estava em Salvador e meu amigo Alex Armel estava dando uma festa de despedida, ele iria retornar à Bretanha. Fui junto com Dica, Juruna, Elisa e mais uma turma. Era a primeira vez que subia aquela ladeira que dentro em breve se tornaria íntima pois iria habitar aquele covil para onde me dirigia. Em cima do morro, um sobrado... três andares. No primeiro morava Marylia Cabane, uma francesa que perece um gnomo. Nos outros dois moravam Nelson Carlos Hope e Juan Pablo "Cipo" Cruciani (ambos argentinos) além do próprio Alex. As casas abarrotadas de malucos de todas as nacionalidades e eu caminhando e registrando em minhas retinas o que acontecia em meu redor. Não conhecia niguém ali e por isso estava trancado em uma redoma... Copo na mão cheio de caipirinha caminhei até a cozinha da casa de Marylia e lá encontrei um cara louro de quase dois metros, com os cabelos e a a barab extremamente compridos. Ele olhava triste para um jarro onde, pelo cheiro, tinha caipirinha. Nelson (era ele) me perguntou num portunhol "Usted sabe hacer una caipirrinha?" "Sim, sei sim." " ès grincgo?" "Não, sou brasileiro." "No te assemelha a los otros" não entendi... era elogio? Se fosse não haveria gostado "Pronto, está aqui a tua caipirinha" diante do jarro cheio até a tampa de alcóol Nelson passou seu braço pelo meu pescoço e me perguntou... "Como te llamas?" "Eduardo" ele tentou por dez minutos entabular conversar mas achou mais produtivo distribuir o que havia restado da caipirinha e me arrastou pelo pescoço. A cada copo que enchia ele dizia "esta caipirrinha quem fez foi meu amigo... como te llamas?" eu me sentia ridículo... e repetia tímido EDUARDO Nelson olhou para mim medindo de cima a baixo e soltou... " Che sun nombre és dificil... Estás con una camisa de Jim Morrison... Te batizo Jim" dito isso virou em minha cabeça um copo de Caipirinha... Saimos pelas casas e ele me apresentando como Jim... Nos dias seguintes ia encontrando por Salvador pessoas que estavam na festa e só me chamavam de Jim... nem tentei explicar. Aceitei o batismo e honrei o nome
(publicado originalmente em http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/35233

5 de abril de 2006

1

vi que tua banda irá se apresentar na semana da solidariedade, fiquei feliz... mas eu já sabia desde sábado último e guardei segredo. desculpe. te falei das coisas que andam brotando no terreno fértil de minha mente?
hoje acordei e tomei "o" café. pensei muito que quero ler realmente o que a Juliana anda escrevendo por que sou muito curioso e tenho essa mania besta, quase vício de querer ler coisas novas ou de novos escritores que estejam descobrindo que nunca viverão do que escrevem, no máximo irão sobreviver.
fico feliz também por que choveu e eu dormi bem, muito bem. tive bons sonhos que não posso publicar aqui (novidade isso) ah essa minha adolescência que não passa
carência de atenção...
durante a tarde fiquei discutindo estilos de artigos escritos nos jornais locais... chegamos, marcos e eu que a rita lee estava certa ao afirmar em úma de suas músicas que, tudo vira bosta.

1 de abril de 2006


Jim d. é pseudônimo do ator, poeta e jornalista E. Duran. Nasceu em Tupã (SP) em março de 1978. Trabalhou com jornalismo escrito e televisivo. Atua já há 14 anos. Atualmente termina as correções de seu primeiro livro.

31 de março de 2006

amigos...

vez em quando alguém me surpreende... O Vanderlei é um amigo jornalista que adoro ler, me fez lembrar muita coisa de uns dez anos atrás, no mínimo. Foram três comentários postados no Orkut que copiei aqui.


Oi Jim. Tua porralouquice (?) é arte cara!!!!! Precisamos conversar urgentemente. Tenho novidades legais. Vou enviar seu CD e junto, algo legal, que acredito já te dê uma idéia do que quero falar.Sabe aqueles momentos loucos, de delírios interior (assim, no singular mesmo), aqueles intantes de paranóia total, em que mesmo sóbrios (embriagados apenas pela vida), conseguimos enxergar o mundo com nossa intuição e nossa percepção se aguça e nos inspira?? Então, é disso que quero falar. É dessa arte, da qual você é mestre, que quero falar. Quero trocar idéias sobre tudo isso que os outros insistem em dizer que "é baboseira", que "é coisa de quem não tem o que fazer". O que você faz é arte. E arte das melhores, tenha a certeza. É, meu velho, precisamos, de fato, conversar. O fracassado não era você, são os outros. (((lembra dessa história que marcou nossas vidas??)))Vou tentar enviar o CD e algo mais ainda esta semana, talvez na quarta-feira. Lá, te explico melhor essa coisa toda
Sabe Jim. Não há porque se assustar. Curioso, sim, é bom ficar. Curiosidade move a nossa vida. Mas a curiosidade sadia, aquela em que a gente usa para aprender algo novo a todo instante.Curiosa é a vida, Jim. Sabe aquele livro do Paulo Coelho em que o personagem sai em busca de um tesouro, percorre o mundo para descobrir que esse tesouro estava o tempo todo do lado dele? É isso. O que eu buscava já estava ai, entre a gente, naquilo que eu, você e o JP escrevía-mos. Daquela forma. Com aquela emoção. Se o Coelho é ou não um bom exemplo, dane-se. O importante é que faíamos algo maravilhoso. Nossos textos sempre fugiram ao comum, sempre encontraram meios de fugir do banal, de trazer à tona o ser humano, em seu modo de ser, tal como ele o é: simples, por essência. É, todo ser humano é simples, mesmo vestido de pele de juíz, mesmo alardeando uma formação medicinal. Todos, sem excessão, são, por natureza, simples. Tão simples como a vida: nascer, crescer, reproduzir, morrer
Mas, por tras dessa simplicidade há algo mais. Algo que nenhum título, cargo ou posição social será capaz de mostrar. É aí que entra o nosso jeito de fazer jornalismo. É aí, vivenciando o mundo, ampliando nossos sentidos, calibrando nossa percepção para aquilo que a grande maioria das pessoas não enxerga, é que conseguimos captar o algo mais, ir além, ver o mundo de outra forma, ver as pessoas sob outros ângulos. É jornalismo literário. É a técnica da literatura empregada de foprma séria, transparente e responsável na transmissão do real. tente encontrar revistas Realidade, da década de 60. Um bom referencial. Pode ser a revista Cruzeiro. Acho que no Museu tem algumas.

28 de março de 2006

sex 1

algumas coisas não dão certo simplesmente, não adianta nada isso de figar fazendo figa ou coisa semelhante. só percebi o que era realmente que estava acontecendo quando tudo havia terminado. foiuma repentina e deliciosa entrega de ambos.
crime, traição, medo... nada passou pela mente, só o irrefreável desejo de realizar juntos, claro que podemos usar a desculpa do álcool e da música rolando.
beijos
abraços
suor
ação
movimento
gozo...
até mais, durma bem meu anjo
doce criança da noite.

24 de março de 2006

FERDS


o que aconteceu é que ela chegou junto com Crau ( que por sinal eu também não conhecia) e me ajudou, por que sabe quando se reúne amigos de longa data e uma pessoa que as outras não conhecem? então, ficamos assim naquela tarde
eu ouvia o que elas diziam e ficava vendo nos olhos
o que sempre busquei nas minhas amizades... verdade
não descobri muita coisa
a não ser que pessoas maravilhosas se atraem...
FER BEIJOS PRA VC
ATÉ BREVE

20 de março de 2006

sem pose

noite que caminho sozinho
com um copo cheio de vinho
um sangue derramado
uma companhia que não surge
etérea como o tempo
passageira como a vida
ou duradoura como a solidão?
mas não sorria
sei que isso te traz a dor.
e são tantos macacos ao teu lado
que nem sei como me aproximar
talvez te levando pra longe
e mostrando pra todos que ninguém é o espelho ideal.
mas a gente não se vê mais,
quero ter as tuas mãos entre as minhas
e o teu silêncio nos meus ouvidos
minhas palavras no teu caminho
um labirinto cheio de espinhos.
só não suma mais.

15 de março de 2006

moonligt drive

Vamos nadar para a lua
Vamos escalar a maré
Penetrar na noite que
A cidade dorme para esconder
Vamos nadar essa noite, amor
É nossa vez de tentar
Estacionados ao lado do oceano
Em nosso passeio ao luar
Vamos nadar para a lua
Vamos escalar a maré
Nos render aos mundos que nos esperam
E lambem nosso corpo
Nada restou aberto
E não há tempo de optar
Paramos dentro de um rio
Em nosso passeio ao luar
Vamos nadar para a lua
Vamos escalar a maré
Você estendeu a mão para me segurar
Mas não posso ser seu guia
É fácil te amar
Quando te vejo deslizar
Caindo em florestas úmidas
Em nosso passeio ao luar
Vamos, baby, vamos dar uma volta
Descendo, descendo para perto do oceano
Chegar bem pertoChegar bem próximo
Baby, essa noite vamos nos afogar
Descendo, descendo, descendo

14 de março de 2006

cantadas

De onde você vem?
Quem vai te levar?
Quem te faz sorrir?
Quem te faz chorar?
Qual será seu nome?
Quais são seus amores?
Você me faz imaginar
Te vejo de longe
Quero chegar
Algo não deixa eu me aproximar
Você ilumina todo lugar
E eu quero mais
Quais são suas cores?
Quais são seus desejos?
Quais são seus amigos?
Quais serão seus medos?
O que faz de dia?
O que faz de noite?
Você me faz imaginar
Te vejo distante
Vou te falar
Todas as coisas que você me fez pensar
Você ilumina todo lugar
E eu quero paz
Te vejo de longe
Quero chegar
Algo não deixa eu me aproximar
Você ilumina todo lugar
Te vejo distante
Vou te falar
Todas as coisas que você me fez pensar
Você ilumina todo lugar
E eu quero mais
E eu quero paz

13 de março de 2006

paixão??? d1

"Acho que estou me apaixonando" - porra essa é a maneira de começar este texto? mas é verdade e phoda-se quem se importar.
Hoje quando eu a vi, morena com seus cabelos vermelhos e disse que não sei até que ponto poderia ajudar com os sonhos... e vc me disse que sabia de tudo e que me queria por perto por que somos amigos...
não consigo parar de pensar em teus olhos,
ontem, domingo, quando sai de meu turno de 16 horas na rodioviária, cheguei em casa e me deitei com o corpo doendo e a mente rodando como se um furacão vasculhasse cada pensamento e só encontrava trechos que, se unidos, formariam você.
a música que você cantou me embalou os sonhos.
acho que falta um pouco de alcóol em minhas veias,
mas acho lindo a forma que você tem de olhar, algo meio tímido, algo meio que faz o outro procurar o que não existe.
estamos fadados a ser sempre as crianças da noite brincando de anjos selvagens
presos em redes
loucos pra voar
mas não dá
e você me intriga quando diz coisas
que mais ninguém diz.
e me canta músicas que me fazem querer quebrar os relógios,
e eu só me pergunto por que
e eu quero me jogar do alto da ponte
sem ter certeza de que o rio é fundo o suficiente,
quero me arriscar
por teu sorriso e por mais.

10 de março de 2006

jim m

Os carros assobiam sob minha janela
Como as ondas na praia
Eu estou com essa garota ao meu lado
Mas ela está fora de alcance
Luzes de faróis pela minha janela
Refletem na parede
Não consigo escutar minha garota
Por mais que eu tenha chamado e chamado
As janelas começaram a trepidar
Com um estouro sônico
Uma garota gelada vai te matar
Em um quarto na escuridão


Quando o mar tranqüilo conspira armaduras
E suas soturnas e abortadas
Correntes produzem pequenos monstros
A verdadeira navegação é a morte
Horrífico instante
E o primeiro animal é lançado
As patas devoram furiosamente
Seu próprio simples e obstinado galope
E as cabeças se erguem
Equilíbrio
Relaxamento
Pausa
Aceitação
Na agonia muda as narinas
Com cuidado são purificadas
E seladas

8 de março de 2006

despedida dos 27 anos






final de expediente e eu tinha de sair logo dali. não que eu não gostasse deficar conversando com o Márcio que é o cara que pega o turno da madrugada, mas é que eu sabia que em algum canto de alguma rua ela me esperava. claro também que não poderia deixar que a vontade me encontrar com ela fosse assim tão explícita.
fiquei pensando em com as coisas aconteciam. amanhã é meu aniversário e é também aniversário da morte do Bukowski (1994), muita coisa me fazia pensar nele nos últimos dias. algo me aproxima bastante de henry chinansky... os dois escrevemos e temos empregos temporários, o dele era nos correios dos estados unidos da américae o meu é ficar na roleta do terminal rodoviário, como eu gosto de dizer sou substituto de fiscal de bosta, pelo menos o cargo serve para rir nos momentos de descontentamento.
a literatura sempre me ajudou, seja nos momentos de desabafo solitário ou para a pura e simples distração de uma mente conturbada como a minha.
gosto de falar sobre o que estou lendo ou pretendia ler... e isso ela e eu temos em comum.
nos encontramos e caminhamos para um lugar um ouco mais sossegado. falamos umas amenidades que, se minha vida fosse um filme garanto que o editor cortaria a conversa e iria pra ação. me lembro que ela comentou algo sobre eu ter uma cara de mal. e eu disse sorrindo " assim é melhor por que as pessoas não me torram tanto o saco, mas elas nem desconfiam que não sou nada"
e ela " mas assim, vestido todo de preto, com essa barba..."
e em meu pensamento " a típica cara de cafajeste"
foi dai que tudo começou... beijos, nossa como é boa aquela boca e aquele corpo esfregando no meu. malditos carros que passam, maldito tempo que é curto.
gostaria de deitá-la ali mesmo no passeio e abrir suas pernas. beijar suas coxas,sentir o perfume de seu sexo... sentir o gosto de sua excitação. ter em minhas mãos seus seios beijá-los, sugá-los... mas tinha a porra do tempo correndo e os carros com seus imbecis tomando refrigerantes...
fiquei imaginando aquele fogo me queimando os dedos, os lábios, meu sexo.
a noite, mesmo assim valeu a pena.
carinho sempre é bom
creio ter sido uma boa despedida dos meus 27 anos.
sei que sempre teremos as noites.

5 de março de 2006

marcela 2

gosto quando as pessoas respondem


igual a marcela




Data:
Sun, 5 Mar 2006 00:55:28 -0300
De:
"Marcela Araujo" Para:
e_jim_duran@yahoo.com.br
Assunto:
comment

Oh Meu Deus...que lindo Jim, muito fofo você, viu? Poxa... sinto tanto a sua falta, queria você aqui do meu lado... Quando pensei nesse meu projeto do teatro, você foi a primeira pessoa que veio a minha mente... ainda vou ter o prazer de ser dirigida por você, tenho certeza disso! te amoooooo=*****

MARCELA


Não são todas as pessoas que merecem, Marcela merece.
Olhe a boca linda que ela tem... olhe os olhos que buscam as imagens perfeitas.
Veja as mãos que tocam, a voz que inebria vcs não conhecerão por aqui....
amo essa menina
por que ela É... e isso me basta





gota de sangue

Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume
Embriagar a razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final

4 de março de 2006




Melancolia
a história da melancolia
inclui todos nós.
eu,
eu escrevo em lençóis sujos
enquanto olho para paredes azuis
e nada.
eu já me acostumei tanto com a melancolia
que eu a recebo como uma velha amiga.
eu terei agora15 minutos de aflição
pela ruiva perdida, eu digo aos deuses.
eu faço isso e me sinto bastante mal
bastante triste
então eu levanto LIMPO
apesar de que nada está resolvido.
isso é o que eu ganho por chutar a religião na bunda.
eu deveria ter chutado a ruiva na bunda
onde o cérebro e o pão e a manteiga dela estão...
mas, não, eu me senti triste
por tudo:
a ruiva perdida foi apenas outro
rompimento em uma vida de perdas...

eu ouço a bateria no rádio agora e sorrio.
há alguma coisa errada comigo além da melancolia.