Direitos Autorais Reservados / Lei. 9.610 de 19/02/1998

Protected by Copyscape plagiarism checker - duplicate content and unique article detection software.

28 de junho de 2008

relato seco

no frio me torno mais sério,
fechado.
Caminho ainda pelas madrugadas fumando meu charuto
e acariciando minha garrafinha de uísque no bolso.
Ontem encontrei um fantasma.
Nos tratamos bem e foi só.
Hoje Frank Sinatra e rum.
A noite medirei a cidade e amanhã ainda não sei.
queria uma companhia pra um filme, um trago, um riso, um beijo...
um algo a mais

26 de junho de 2008

L&PM publicará versão original da obra-prima de Kerouac




A L&PM Editores lança em breve a primeira versão da obra-prima da literatura beat: On the road (The Original Scroll), de Jack Kerouac. O livro traz os relatos das aventuras de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa nos anos 60, relatando suas aventuras pela estrada. Entre as duas versões existem diferenças cruciais, já que Kerouac usou de suas próprias experiências para escrever este livro. Em comemoração aos 50 anos do lançamento deste clássico mundial da contracultura em 2007, a versão original foi recentemente publicada nos Estados Unidos.
On the road foi escrito entre 9 e 27 de abril de 1951, num rolo de papel telex, contabilizando um total de 40 metros ininterruptos de prosa sem espaço nem parágrafo. A obra foi escrita em tão pouco tempo devido ao estado aditivado de Kerouac, que tomava colossais doses de benzedrina. Seu uso cotidiano da droga o fez datilografar doze mil palavras quatorze horas por dia, movido por aquilo que o poeta Lawrence Ferlinghetti chamou de “febre onívora de observação”. Por anos o livro foi recusado por uma editora atrás da outra, e nessas empreitadas Kerouac o reescreveu inúmeras vezes. Até que a editora Viking Press decidiu finalmente lançar o livro, mas forçou o autor a suprimir cerca de 120 páginas. O próprio editor Malcolm Cowley cortou diversas outras, além de incluir milhares de vírgulas inúteis, segundo Kerouac. Por isso, a prosa espontânea, marca registrada do autor, praticamente inexiste na versão editada.
Existem diferenças cruciais entre as duas obras. A principal delas é a revelação dos nomes verdadeiros dos personagens como, por exemplo, o herói Dean Moriarty, na versão de 1951 aparece como Neal Cassady (escritor beat e grande amigo de Kerouac), assim como o personagem Chad King, que na versão original aparece como Allen Ginsberg. A diferença dos manuscritos inicia já na primeira frase do livro. Na versão de 1957 (conhecida até agora), consta: “Encontrei Dean pela primeira vez não muito depois que minha mulher e eu nos separamos”. Na versão original de 1951: “Encontrei Neal pela primeira vez algum tempo depois que o meu pai morreu”. Abaixo, pode-se conferir um arquivo com as primeiras páginas do livro nas duas versões.
A edição de On the Road, volume 358 da Coleção L&PM Pocket, foi traduzida por Eduardo Bueno. A tradução do manuscrito original de On the Road está sendo feita pela tradutora e jornalista Lúcia Britto.

Um dia (depois de ler Leminski)25-06-2008 (01h55’)

Um dia
Eu assumi que te abandonava
Fazia frio lá fora
Fazia frio aqui dentro.
Entre a gente um estado,
Estradas, quilômetros
Pesos e medidas.

Um dia
Disse a mim mesmo que
Ainda a amava,
Mas já era tarde,
Quase cinco da madrugada.
Vampiro que preza o tempo
Dorme antes da alvorada.

Um dia
Meus versos caíram na água
E meus poemas enxurradas
Lavaram a alma da lama
Me deixaram em desespero
Vendo minha vida encharcada
Essa vida de poeta bêbado
E sem guarda-chuva.

Um dia
Ganhei dinheiro com um poema que eu não gostava.
Dorme em meu barulho
Me disse o passado
Um outro verso de alguém me disse o presente
E eu, pessoniando, disse que era fingindo que se estava.

Um dia
meu blues tocou no silêncio
Quebrou um prato, dois copos e meus óculos
Ósculo roubado diante da tua casa
Amplexos dados no adeus das palavras.

Um dia
Amanheci querendo um cigarro,
Pisando em originais
Espalhados pela casa.
Meus pés, manchados de mim
Produziram marcas
No branco azulejo da materna casa.

Um dia
Me apaixonei pela vida que levava.
Acordei mais cedo e terminei a escola.
Para os outros era tarde,
Para mim ainda dava.


Um dia
Surpreendi a vida com uma navalha
Esculpi um anjo torto nas minhas palavras,
Expulsei uns demônios que não me serviam de nada,
Abarquei mais alguns numa mesa lotada.
Um dia
Esqueci a carteira de cigarros na casa da namorada
Nunca voltei.
O abandono clássico não funciona comigo.
Quero sempre diferente o que todos pedem de entrada

Um dia
Olhei com tesão para o além da estrada.
Sem calção de banho pulei no mar da saudade
E vi que afundava a cada braçada.
Nadando ao contrário fui perdendo a razão.

Um dia
escrevi um poema quando menos esperava.
Fazia um frio medonho
E ao meu lado seus olhos me diziam
Tantas coisas em silêncio
Que não respondi nada.
Meu silêncio fala mais alto
E nesse sentido meia palavra basta

24 de junho de 2008

'em seu seio direito amamenta meu verso
e nina-o com afeto
como se fosse um tanto seu
um tanto meu,
um filho nosso.

23 de junho de 2008

TO SWEET AFTERNOON (para uma surpreendente tarde com C.)

Nessa fria tarde
Se você estivesse aqui
eu te diria sobre sua boca
seus olhos,
e saberia qual é teu perfume.
e saberia como é quando sua pele arrepia.
Quando seca a sua boca
e vc a umedece com a língua
eu te banharia.
E veria seus olhos
e encararia seu riso
e te seguraria as mãos
e sentiria sua pulsação
e sussurraria no teu ouvido
"quer que eu pare?"
posso chegar mais perto?
adoraria sentir o cheiro de sua pele, o sabor do seu corpo
segurar seus cabelos entre meus dedos
e te morder de leve a orelha
eu te esquentaria nesse frio que faz?
beijaria seus ombros
e seu rosto,
querendo experimentar sua boca
sentir sua língua
sentir seu hálito
te encostaria na parede
e beijaria seu pescoço
e te abraçaria forte
eu visitaria seu corpo
como um sopro leve
como um arrepio inesperado
como uma excitação
eu visitaria seu corpo
como um sopro leve
como um arrepio inesperado
como uma excitação
apertaria seu corpo no meu
e vc me sentiria rijo
vc morderia meus ombros
e eu desceria meus lábios
vc quer?
beijaria seu colo
sentiria em meus lábios seu coração pulsar
e suas mãos segurariam meus cabelos
e eu te sentiria mais ofegante
mas querendo que eu fosse devagar
querendo sentir mais meus beijos
me sentindo excitado como agora
querendo ser o teu espaço
pra você vagar
quer sentir minha língua em seus mamilos?
Eu excitado. preso dentro da calça,
machucando, querendo espaço
querendo sair desse aperto
e me abrigar em outro espaço
vestir você
são suas as mãos que me tocam?
e seu corpo como reage?
minhas mãos
quer
seu corpo
minha boca quer seu corpo
e te beijo a nuca
lentamente
sentindo o contado
vc o sente pressionando sua pele?
eu a despiria com a sede do deserto
beberia seu corpo
e voltaria procurando seus lábios
eu te tocaria de leve
acariciaria
umedeceria meus dedos
eu iria entrando lentamente.
vendo seus olhos se fecharem de prazer
e um doce sorriso
quero sentir o gosto de sua excitação
beijaria sua barriga
passaria a língua pelo seu umbigo
e vc tem urgência em que eu desça?
vc quer que minha língua?
sinta então
meu beijo em seu sexo
minha língua passeando pelo seu corpo
vc quer mais...
eu te toco e te sugo
como uma fruta com polpa doce
uma mão no teu seio
migrando pra tua boca
suas pernas me prendem as costas
quero te sentir no fim
vc sente minha mão em vc?
te tocando?
eu fico em êxtase calmo
ouvindo seu gemido
e vendo seu corpo reagir
estou me livrando das calças
estou duro
quer sentir?
sua mão passeia pelo meu membro
e se fecha firme
vc me masturba
enquanto te beijo
como estão tuas mãos? ocupadas?
eu me deito sobre você
quer que eu entre?
eu o encosto em vc
e lentamente seu corpo vai aceitando
um leve suspiro
tua boca na minha
e entro
nos encaixamos
sua boca é meu ninho
seu corpo é meu pouso
e sigo dentro de você
querendo te deixar louca
querendo ouvir seu gemido
querendo saber se você está se tocando
imaginando tudo o que há
vou dentro de vc
ouvindo essa voz doce
arranhando tuas pernas
e vc me beija o pescoço
e morde meu peito
eu seguro firme seu cabelo
e entro mais uma vez
até o fim.
vc mexe o quadril
e me deixa
mais a fim
quero te fazer gozar
ouvir seu gemido
quero ouvir
aumento um pouco o ritmo
e vou cada vez mais fundo
vc me prende dentro de vc
e eu puxo seus cabelos
mordo seu queixo
vc quer que eu goze?
eu sinto seu corpo convulsionar
se fechar em torno de mim
seus seios em meus lábios
e aumento o ritmo
querendo te deixar inerte
até o fim
querendo ir mais fundo em vc
sentir sua respiração
vc quer meu gozo quente
eu quero seu sorriso de prazer
sua perna me puxa pra mais dentro
com força
vc tem urgência
mais ritmo
mais úmido
duro dentro de você
cada vez mais quente
cada
ida e vinda
seu corpo me pede mais
até o fim
vc me quer todo dentro de vc
sinto seu gozo se aproximando
eu quero que vc me cavalgue
vc se senta
sobre mim
encaixando mais perfeitamente
indo até o fim
vc se mexe
subindo e descendo
eu seguro seus quadris
e encaro teus olhos
selvagens
quero ir mais fundo
eu os seguro
e fecho as mãos
toco seus mamilos
vc sobre e desce mais forte
mais rápido
rebola sobre mim
teu sexo abarca o meu
vem de novo
joga o corpo pra trás
e eu toco teu sexo,
e massageio de leve enquanto ainda
vc me domina
quero gozar em você
Felicidade
Labirinto de incertezas
Onde o passo transfere
O tempo,
A busca pelo o que se é.
Flechas lançadas ao INFINITO.
Eros brincalhão,
Bufão dos sentidos.
Comprimidos entre o medo e a ação
A felicidade
É criança que corre debaixo de chuva
É o amor que brinda a vida
É o doce olhar escondido atrás das lentes
É o riso que brota num incerto momento.
Felicidade de poeta
É sentar-se cheio
E ver aos poucos
O peito e a mente
Murchando com a tinta da caneta
Que traduz o que é felicidade
Mesmo sendo intraduzível.
Felicidade é tentar,
É prazeroso o erro no amor
A certeza fugidia do amanhã.
Felicidade sou eu
E você.
Felicidade é saber reconhecer
O instante do ponto final.


Tupã 01 de março de 2007

a volta... com calma

Digo besteiras,
Faço o que se espera.
Não tenho novidades,
Sou a triste continuação dessa tolice.
Trago nos olhos o ardor das lágrimas
E nos sapatos, sujos de lama
Todo o cansaço desses anos.
Fiquemos em paz!
Voltemos ao início
Quando ainda tínhamos os sonhos
E não havia esse medíocre medo por tudo

22 de junho de 2008

ainda não é o poema...

Claro que tem muita coisa que me faz caminhar por um outro caminho
Seguir outro rumo,
E passos divergem
Nos afastam de tudo,
Olho pra cima e vejo o tempo fechar
Se aproxima uma tempestade e sei
Que não haverá abrigo pra mim
Ficarei exposto
Sofrendo pelas imbecis escolhas que faço
Sem tempo de chorar
Por que meu caminho precisa ser feito...
Queria dizer que me arrependo do que disse ontem,
Pelo o que foi dito e pela forma que foi dito.
É claro que mesmo que hoje chuva muito,
Amanhã talvez haja sol.
Falta saber se haverá ainda algo que seque
Por que deixei muita coisa morrer.

16 de junho de 2008

poema pra dani


Ela é um anjo negro de motocicleta.
Longos cabelos negros como o infinito
E um sorriso transparente.
Olhos verdadeiros, maquiados.
Bela como uma moderna esfinge,
Misteriosa como só as mulheres são,
Cercada por poucos amigos
Correndo os dedos pelas teclas da vida,
Toca tudo com sua presença.
Nunca é demais,
Sempre precisa
Traça a melodia do teu calmo falar
E mesmo mulher é um bocado menina

7 de junho de 2008

poema antigo...

Não deveríamos amar
nem sequer nos apaixonar
por quem quer que seja.
É como cair em um abismo sem fim.
É como ter o corpo dilacerado por leões.
É como ter os olhos vazios.
Como ter um coração
negro enganado.
O amor me atrapalha,
me deixa inseguro
e em frangalhos.
Eu renego o amor que eu sinto.

5 de junho de 2008

um toque do NASI

Vocês sabem que eu não acesso internet etc... Por isso me valho desse verdadeiro amigo para um comunicado especial e pessoal, a todas as palavras de carinho e apoio que recebi dessas comunidades e sites: Muito Obrigado!Tentaram me destruir e me tornaram mais forte. Eu hoje, graças a Deus, vejo claramente quem é verdadeiro ou falso na minha vida. Porque eu era cego, mas agora vejo! A quem me calunia, ofende, desaprova ou não gosta de mim, também muito obrigado. Vocês só valorizam o apoio sincero dessas pessoas que sequer conheço.Amigos, venci todas as batalhas até agora: Na área civil, criminal e principalmente espiritual. Mas a guerra não acabou! E aviso aos meus inimigos que estou a cada dia mais forte, chegando, chegando... CÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!!! , eu tô chegando!O Ira! Nem é pra mim nem pra ninguém! É de vocês! Que acreditaram que éramos o que talvez nem fossemos. Pelo menos não todos. Esse papo de trio...Bom...Eu boto um pentagrama sob essa marca, e aí eu quero ver...Rá!rá!rá!,rá! rá!,rá! rá!Acordaram Ogum, e ele tá com fome! Com sua espada está por aí cortando cabeças, comendo a carne de seus inimigos, assando batatas e distribuindo a seus soldados!Que Deus dê em dobro a vocês todo o bem que me desejam! A meus inimigos também!Obrigado.Nasi”

3 de junho de 2008

recado pra Mah_Fire

Caramba esse lance de ficar sem fumar... rs
Mas tá valendo a pena.
Estou lendo o diário da Mah. A história dela me faz pensar na minha também em todas as mudanças e cidades e casas e estados. Quer dizer; quando ela falou da Bahia me deu uma puta saudade de Salvador e de Amaralina. Nossa ainda penso em meus amigos que estão por lá todo santo dia. Amo demais essa turma.
Acompanhar os passos dessa menina tem sido um prazer. A forma que ela conta a história seguindo uma marcação diária e detalhada me faz admira-la de um tanto. Nem sei quantos anos ela tem, mas o que essa viajem deve ter mudado em sua forma de pensar o Brasil e também os brasileiros. Tem uma coisa que ela sempre diz a respeito da bondade das pessoas. As ajudas que ela recebeu e o respeito... menos de uma velhinhas quando do início de seu retorno. Mah as pessoas são em princípio boas. E aprendemos isso quando não esperamos nada.
Fiquei imensamente feliz em poder ler essas linhas e viver esse momento único com ela.
Obrigado Maria