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30 de junho de 2009

ah detesto me sentir assim, sozinho.
sempre que fico desse jeito acaba acontecendo alguma coisa que me deixa mal.
carência é foda minha gente

26 de junho de 2009


ter seu beijo
deve ser como cair em nuvens
deve como ser abençoado por deus
deve ser como respirar pela primeira vez...
Não, eu não penso pra falar... me desculpe
esquece
mas é que o encanto me deixa atonito
fico sem ar quando você chega perto
e me abraça com carinho
sinto em tua nuca teu perfume
e em teus cabelos uma fuga.
E teus olhos brilham como estrelas
Solitários pontos de luz no meio da escuridão
Tão linda como um cometa que rouba nossa atenção
E parte deixando para trás um rastro minha alma.
Volta, uma vez mais... volta

24 de junho de 2009


“Miiiiiiiii miiiiiiii miiiiiiiiiiii”
O som vinha do interior da gaiola, o hamster de Letícia não parava quieto um só instante, sempre se movimentando ou guinchando pelo seu pequeno reino. Pelas grades finas e azuis ele as encarava, dormiam como anjos cansados. De alguma forma ele sabia que as companheiras de quarto de sua dona apostavam nos sonhos que tinham. Haviam deixado o pouco de conforto que tinham em suas cidades e haviam se mudado para cá. Queriam mais, muito mais do que os outros alunos do curso que haviam deixado para trás. Era difícil mesmo para as duas se convencerem de que poderiam, mas tentaram.
Enquanto o pequeno roedor abria mais um buraco no rolinho de papel higiênico que havia no chão de sua gaiola, misturada a um pouco de serragem, teve um pensamento que o manteve de boca aberta, os dentes salientes quase encostando no tal rolinho. Como será que elas se sentiam dividindo o quarto com uma estranha e seu animal de estimação? Será que alguma tinha medo dos seres de sua espécie? Por que será também que as duas falavam tão baixinho? Será que ambas eram tímidas ou não queriam atrapalhar o pequenino em seus afazeres diários?
“Pobres meninas – pensou – mal sabem elas que não me atrapalham. Muito pelo contrário, adoro saber que me olham com um brilho bom nos olhos. Pena que quando esses olhares tocavam os livros pareciam ter mais ternura.”
O que sonhavam as forasteiras? De certo nada. Acordavam muito cedo e iam para a biblioteca do campus para se entregarem de alma ao projeto de vida. Quem sentia a falta delas em suas cidades: amigos, famílias, namorados? Haveria algum escritor insone digitando algo para acarinhar as distantes amigas? Dirigiu-se para a rodinha de exercícios e começou a caminhar rápido, não tinha certeza de como, mas de alguma forma isso o acalmava.
As meninas dormiam um sono pesado e ele podia reparar em seus corpos que se mexiam conforme respiravam. Pareciam executar um doce balé que tinha por melodia a respiração exalada. Não se mexiam muito e haviam deixado no chão próximo as suas camas livros abertos e lápis sobre eles. Pensou que seria mais feliz se fosse um livro, gostaria de acompanhá-las para fora do quarto. Queria sentir o doce aroma de seus corpos e o balanço de seus passos. Como seria o toque de suas mãos, delicadas e firmes ao mesmo tempo. Eram mãos morenas, a garota menor, e brancas, as da maior. Eram diferentes fisicamente mas tinham algo que era incrível encontrar, eram amigas leais. Ele mesmo não tinha mais ninguém a não ser Letícia que insistia em conversar com ele com uma voz meio débil, como se ele fosse um bebê da mesma ninhada que ela nascera. Como eram diferentes as meninas que moravam com sua dona. Será que elas não se aproximavam dele porque seu pelo estava sem brilho? Correu para o centro da gaiola arrastando um pouco de serragem e restinhos de papelão roído. Passou a lamber as patas e depois a acariciar o próprio corpo. Se o problema era banho ele resolveria isso agora.
Lá fora a madrugada ficava mais clara e ele sabia que dentro em breve elas iriam acordar. Tentou ficar quieto mas era impossível. Que ser vivo conseguiria dormir com tantas perguntas dentro do peito? Um barulho despertou-as, sentam-se nas camas e levantam-se. Sabem que não podem perder tempo. Vão em direção ao banheiro e à pequena cozinha que possuem. Enquanto uma se banha a outra prepara algo para comerem. Passam pela gaiola e não ligam a mínima para o pequenino que as vigia durante a noite. Partem cheias de urgências e planos. A dona levanta e o trata como um bebê. Troca a água, põe um pouco de ração e parte para o banho. As meninas caminham para a biblioteca e ele, enquanto volta para a rodinha de exercícios sente um aperto no peito. Enquanto caminha no mesmo lugar o hamster chora.
“Miiiiiiiii miiiiiiii miiiiiiiiiiii”





Para Amable Riberio e Naiara Moreno


23 de junho de 2009

Finalmente hoje é o dia, minha última prova. Depois posso me considerar de férias. Estou mesmo precisando de uns dias com minhas noites livres. Ah como tudo me cansou.



Hoje é o dia de minha última prova. Ainda bem, estou mesmo precisando de boas férias... rs

dia de alguns pontos finais necessários também.
Hoje é o dia de minha última prova. Ainda bem, estou mesmo precisando de boas férias... rs
dia de alguns pontos finais necessários também.

22 de junho de 2009

PROJETO



A idéia original era de montarmos uma revista a ser distribuída em pdf pela internet a todos os que pudessem demonstrar interesse em ler o que novos autores estavam produzindo. A necessidade de abraçar essas pessoas me foi natural, sempre fui aglutinador e sempre procurei inserir em minhas relações as chances de novos projetos, trabalhos, idéias ou intenções em conjunto.
Mesmo sendo um grupo formado em princípio por escritores, mesmo que limitemos em outras áreas, o material a ser publicado aqui não é somente sobre literatura. A intenção é, além de tudo, poder expressar o que pensamos e debater filosofias, cinema, música, amores, dores, e afins. É difícil manter uma linha quando se alarga o horizonte, mas o risco vale o balanço sobre o desfiladeiro.
O primeiro passo simples, mas não tanto quanto imaginei, foi escolher um grupo que fosse pequeno e que tivesse em comum o desejo de produzir algo que fosse para além de seu quintal. Quero deixar claro aqui também o local físico onde me surgiu a idéia de forma mais urgente de método e atitude. Estava no campus da FADAP/FAP em Tupã/SP, antes do início da aula, o dia ao certo não me recordo nem anotei em agenda alguma (coisa rara em meus projetos), mas me lembro que os dois primeiros com quem dividi a intenção foram André Luis “Baby Face” Ribeiro Mendes e Fernando Marestoni. Os dois, assim como eu, cursam Letras na FAP e buscamos participar de concursos e eventos em que temos a chance de, ao menos, fazer notar o que andamos produzindo.
Baby Face é um poeta ainda recluso desacostumado em dividir suas criações e possuidor de um verso sofrido daqueles para se ler com um bom uísque e uma noite plena. Fico imensamente feliz em saber que finalmente nasceu nele esse desejo do compartilhamento.
Fernando Marestoni é poeta e surgiu no caminho neste ano quando iniciou, na mesma sala que Baby Face o curso. Ficamos trocando conversas desde os primeiros instantes. Músico, tendo estudado uma temporada no conservatório de Tatuí/SP escreve também compulsivamente e estava nessa busca por mais espaço para seus escritos. Foi incluído não só pela amizade, mas também pela total adequação à idéia original.
Mas ainda faltava mais um para que eu pudesse considerar o grupo inicial como fechado. Não pensava em mais ninguém a não ser em meu parceiro de estrada e caminhadas paulistanas. Valdecir Ravazi é fotógrafo, poeta e contista e aceitou de pronto essa já nossa loucura o que me deixou muito tranqüilo. Além dos textos é sempre uma conversa animada e cheia de possibilidades criativa.
Fechado o grupo inicial começamos a fazer alguns testes de como seria a diagramação da revista. Algo de saudoso do projeto da “beatbrasilis” que infelizmente não saiu do primeiro número. O único nome que me veio a mente foi Marginália já que Leminski afirmava que “marginal é quem escreve á margem”.
Cada um de um de nós pode trazer para cada número um outro participante como convidado. Nada é proibitivo, mas quero ressaltar que a liberdade tem um custo, e a pergunta é: "Vocè está pronto para pagar o preço que vale sua liberdade?"
Venha conhecer a Marginália também...

18 de junho de 2009

FINALMENTE ELES COMPREENDERAM

17/06/2009 - 18h06

Mendes compara jornalista a cozinheiro e vota contra exigência de diploma

MÁRCIO FALCÃO da Folha Online, em Brasília

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, defendeu nesta quarta-feira a extinção da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Mendes é relator do recurso.
A ministra Carmen Lucia seguiu o voto do relator. Na avaliação do presidente do STF, o Decreto-Lei 972/69, que estabelece que o diploma é necessário para o exercício da profissão de jornalista, não atende aos critérios da Constituição de 1988 para a regulamentação de profissões.

Mendes disse que o diploma para a profissão de jornalista não garante que não haverá danos irreparáveis ou prejudicar direitos alheios.
"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse.
Mendes chegou a comparar a profissão de jornalista com a de cozinheiro. "Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores", disse.
O presidente do STF disse ainda que não acredita que a queda do registro profissional de jornalista feche as faculdades de comunicação. "Tais cursos são importantes e exigem preparo técnico e ético dos profissionais para atuarem. Os jornalistas se dedicam ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada", afirmou.
Histórico
O Ministério Público Federal entrou com ação em outubro 2001 para que não seja exigido o diploma de jornalista para exercer a profissão. Uma liminar edita ainda em outubro de 2001 suspendeu a exigência do diploma de jornalismo.
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e a União entraram com um recurso. Em outubro de 2005, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região entendeu que o diploma é necessário para o exercício do jornalismo. A decisão provocou um novo recurso do Ministério Público Federal no STF e, em seguida, com a ação para garantir o exercício da profissão por quem não tem diploma até que o tema seja definido pelo Supremo.
Em novembro de 2006, o STF decidiu liminarmente pela garantia do exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área.

17 de junho de 2009

Meu querido Lau me enviou um link agora cedo. Depois de comprovado que não era um vírus foi conhecer o trabalho desse meu amigo. Caramba que surpresa boa a Capricho for Boys. É claro que tem um artigo sobre Natashha, mas não é só por isso que achei legal. Muito bem diagramado esse projeto de que ele é o adm.
Parabéns LAU \0/
aqui está o link para que você conheça também.
http://www.capricho-forboys.blogspot.com/

16 de junho de 2009

Oi amor o sol já está nascendo
dorme um pouco mais,
eu preparo o café.
daqui a pouco tem Fórmula 1 na tv
eu sei que você vai assistir.
Ainda são seis da manhã.
eu nção durmi direito,
nunca dormi mesmo,
algumas coisas acontecem
enquanto o mundo dorme.
Eu sou o caminhante noturno.

10 de junho de 2009

Ontem foi um dia completamente louco. Aconteceram coisas que me levaram do Inferno ao céu em questão de horas. A primeira notícia me chegou como se fosse um soco bem na boca do estômago. Ela irá se casar!!!! Nunca tivemos nada além de uma amizade deliciosa. Mas ela sabe o que me causa quando me mantenho por muito tempo por perto. Sempre fico mudo e perco constantemente o fio da meada, por isso mantenho uma distância considerável... mas é só nos reencontrarmos que tudo desmorona. É claro que desejo felicidade mil aos dois e quero que acordem juntos por muito tempo, como eu mesmo disse a ela ontem ao telefone. Sonhos e mais sonhos... a vida realmente tem dessas coisas.
O segundo assunto, que me deu um motivo para dormir bem, foi a possibilidade real de termos um show do Rogério Ribon aqui em Tupã. Não é segredo para ninguém que esse assunto me enerva por conta das promessas que nos são feitas sempre. Mas dessa vez parece que tudo irá se realizar... espero realmente que consigamos.

9 de junho de 2009

5 de junho de 2009

Caramba
depois do frio vem... mais frio. Meus dedos congelam aqui nesse teclado e minha voz falha sempre que vou falar alguma coisa no ar. rs acontece.
Conversei ontem com Ravazi e o projeto "Marginália" ameaça deslanchar, queria acertar a participação de Zé Rodolfo, Nina, Illa, Marestoni e Baby Face. Mas isso tinha que ser pra ontem... seria do caralho se Miss N. também participasse, mas ela insiste em dizer que não gosta de mostrar o que escreve ae é duro.
A FAP vai mesmo realizar o concurso literário e eu fui confirmado na organização, fiquei muito feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ter sido convidado pra organizar e triste por não poder participar...
Saiu a notícia do Mapa Cultural Paulista, mas eu não li ainda...

pra provar que existe e que tem aqui na Padoka Universitária

3 de junho de 2009

AMOR NO HOSPÍCIO (Dylanm Thomas

Uma estranha chegou
A dividir comigo um quarto nessa casa que anda mal da cabeça,
Uma jovem louca como os pássaros
Que trancava a porta da noite com seus braços, suas plumas.
Espigada no leito em desordem
Ela tapeia com nuvens penetrantes a casa à prova dos céus
Até iludir com seus passos o quarto imerso em pesadelo,
Livre como os mortos,
Ou cavalga os oceanos imaginários do pavilhão dos homens.
Chegou possessa
Aquela que admite a ilusória luz através do muro saltitante, Possuída pelos céus
Ela dorme no catre estreito, e no entanto vagueia na poeira
E no entanto delira à vontade
Sobre as tábuas do manicômio aplainadas por minhas lágrimas deambulas.
E arrebatado pela luz de seus braços, enfim, meu Deus, enfim
Posso de fato
Suportar a primeira visão que incendeia as estrelas.
.

(tradução: Ivan Junqueira)
minha especialidade é viver -
era a legenda de um homem
(que não tinha renda porque não estava à venda)

olhar à direita -
replicaram num segundo
dois bilhões de piolhos púbicos do fundo
de um par de calças(morimbundo)