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3 de junho de 2009

AMOR NO HOSPÍCIO (Dylanm Thomas

Uma estranha chegou
A dividir comigo um quarto nessa casa que anda mal da cabeça,
Uma jovem louca como os pássaros
Que trancava a porta da noite com seus braços, suas plumas.
Espigada no leito em desordem
Ela tapeia com nuvens penetrantes a casa à prova dos céus
Até iludir com seus passos o quarto imerso em pesadelo,
Livre como os mortos,
Ou cavalga os oceanos imaginários do pavilhão dos homens.
Chegou possessa
Aquela que admite a ilusória luz através do muro saltitante, Possuída pelos céus
Ela dorme no catre estreito, e no entanto vagueia na poeira
E no entanto delira à vontade
Sobre as tábuas do manicômio aplainadas por minhas lágrimas deambulas.
E arrebatado pela luz de seus braços, enfim, meu Deus, enfim
Posso de fato
Suportar a primeira visão que incendeia as estrelas.
.

(tradução: Ivan Junqueira)

Um comentário:

  1. Me apanho na construção de preâmbulos, que justificam pela metade os passos que ando. E de repente a manhã nasce como um tapa na cara, enfiando farpas debaixo das unhas, afirmando a verdade que eu questiono, a suspeita que sustento, o fato que se vai levando. E esqueço de ter outras vontades além de mim e das ponderações que levanto. E meu sono me esgota e meu estado desperto é frenético doado plenamente à organicidade que cultivo. Me reconheço nessas palavras de um Malais de Swansea independentemente delas virem de você. O tempo não tem hora, apenas história, que a gente escuta quando tiver que ser. Beijos, adoro você e isso está acima das distâncias e circunstâncias.

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