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29 de agosto de 2008

Ontem fui mais que massacrado, execrado pelas pessoas a quem supus ajudar. Horrendo isso de se sentir mal quisto pelas pessoas. Atacado pelo front ignorante que não cala. Ficam as ovelhas medrosas balindo e procurando um líder que não há. Até quando será que precisarão de líderes? Serão sempre incapazes do próprio passo? Rebanho estranho esse, por que eles massacram os que estão à frente, mas não assumem a postura de que podem fazer melhor. O reino do telhado de vidro daqui é imbecil e primário como as cores.
Por que se você aponta o erro pode também apontar algo que o solucione ou que não seja tão fraco como dizer o que pensa ver sem saber o que destoa. É como não gostar de quiabo sem haver experimentado. Não concebo necessidade de palavra quando o que se diz é fútil. O vazio de suas mentes é de dimensões oceânicas e jamais chegarão a realizadores. Estes estão destinados a me comprar nas bancas. Queria que eles lessem mais e dissessem menos...


As palestras que se aproximam, inicio esse ciclo segunda-feira que vem, me amedrontram e enchem de expectativas por que ficarei novamente no meio da garotada que, ainda, ainda não possuem esse ranço de uma falsa superioridade estampada em seus olhos. Eles são mais tranqüilos nesse trato.

25 de agosto de 2008

Eu não ando mais confuso, simplesmente ando. Caminho pelas possibilidades que me surgem e sempre, sempre tento o próximo passo. Você pode não compreender ou usar desculpas que não serão jamais um reflexo do que poderíamos ver. Lennon já cantou, em Lucy in the Sky with Diamonds, que "Viver com os olhos fechados é mais fácil". Ele tinha razão, poucas vezes ele errou.

24 de agosto de 2008

Soneto para Diogo Fonseca

Ele sorria e sorveu em um gole minha bebida
Sarreou dizendo parecer água de azeitona
Me abraçou, provocou
E tornou-se meu irmão.

Caminhamos pela noite
E nos banhamos no mar da irracionalidade
Irascível personalidade vagando
Solto como sonhos em fumaça depois da tragada

Partimos em estradas diferentes,
Astros em órbitas próprias.
Vagando ainda pelo universo em construção.

Crescendo distante do mar soteropolitano
Tornando-se o que não se esperava
Apenas um homem repleto de planos.


Madrugada 17 de julho de 2008

16 de agosto de 2008

carta a um amigo...

Tchesco

A vida é como um romance bem escrito, cheio de personagens que dão as cores e os tons para que a história torne-se real e inesquecível. Pessoas que sempre vimos e com quem tivemos algum tipo de contato partem a cada instante, alguns de uma forma mais dolorida que outras.
Sempre tive com a morte uma relação de quem sabe que é apenas mais um estágio, é um momento em que nos deixamos mais à mostra ao sofrimento e às perguntas que não conseguiremos nunca responder. Por que a vida é uma viajem com um fim tão misterioso? Como seria se fosse diferente, se soubéssemos o momento exato desse nosso fim e a forma? Será que viveríamos de uma forma diferente da qual vivemos? Será que todas as buscas que fizemos fez algum sentido? Será que tinha que haver sentido?
Quando meu avô morreu e eu morava na Bahia me senti um peregrino caminhando a um reino distante que, já havia percebido, nunca encontraria. Fiquei mal por que era a minha infância que começara a morrer. No fim do ano passado minha avó se foi e pensei que era a hora em que o doce gosto de quem eu havia sido até então também descia à sepultura. É claro que cada um sente seu ritual de uma forma completamente diferente e sente essa dor com mais ou menos intensidade.
Você acabou de sair de casa me informando que seu avô se foi. A vida chegou ao fim para ele como para tudo. Senti como se fosse um tio que falecera e me deixou triste por que a sua dor é sentida por mim também. As coisas, depois de hoje sofrerão esse período de adaptabilidade necessária. Mas um dia o sol brilhará e você o sentirá da mesma forma que o sentia quando não havia tantos problemas como esses que temos nesse viver adulto.
Seu avô viveu o seu tanto, nem tenho que dizer que ele era legal. Você sabe disso melhor do que ninguém. Só pense bem se ele preferiria seu sorriso ou a sua tristeza excessiva.
Abraços meu amigo;

J D.