Direitos Autorais Reservados / Lei. 9.610 de 19/02/1998

Protected by Copyscape plagiarism checker - duplicate content and unique article detection software.

29 de janeiro de 2010

Ode para uma dúvida

Quanta confusão um peito suporta?
Como olhar em outros olhos
se sempre o que me faz parar
é aqueles olhos
um tanto frios
e aquele riso
às vezes insano.
Porque dentre tantos olhares
o meu cruzou justo com o dela?
Qual misterioso deus me pune com esse sentimento?
Qual Cupido sádico?
A quem falta um pouco de humor?
Como caminhar tranquilo se
de repente ouço algo que me lembra
do que viveria com ela,
como chegar a seu coração,
a sua sensibilidade?
Como ter retorno de um algo que
não se sabe se toca a pessoa
se ela é indiferente, ou se finge ser
e se finge é tão boa
que às vezes me convence.
Queria arrancar do peito o sentimento
e se bobear o próprio peito
com artérias erradas.
Como é difícil perceber a clareza,
a real intenção,
o não querer
o não ser.
Como é sofrido esperar um olhar, um carinho
uma mão que afaga,
um bilhete que diz "sorria"
uma ligação no meio da noite, só pra ouvir a voz,
um desabafo que fosse.
Um sinal de que sou real para ela,
de que existo e de que sou, realmente, percebido.
Levantar e caminhar léguas não me deixaria bem,
desistir de mim não me deixaria bem.
Calar seria bem pior,
mas sentir que não se é realmente nada
é não se levantar do deserto.
É secar diante do sol, deixar tudo ir.
Não consigo parar, e tenho tanto guardado aqui
tanta coisa boa.
O que vale uma ponte?
O que vale o que fiz?
Tocou? Sentiu? Pensou?
ou ganhou o lixo, o fundo de uma gaveta?
Ganhou uma segunda olhada num momento de solidão?
Preciso de uma palavra,
de um gesto,
de um riso.
Não me sinto real.

28 de janeiro de 2010

Morre aos 91 anos o escritor americano J.D. Salinger. Veja a biografia do autor de "O apanhador nos campos de centeio"




Jerome David (J.D.)Salinger (1 de Janeiro de 1919- 28 de janeiro de 2010), foi um escritor norte-americano, nascido em , em Manhatan, Nova York, filho de pai judeu de origem polaca e mãe de origem escocesa-irlandesa.

Sua obra mais conhecida é o romance "The Catcher in the Rye" ("O Apanhador no Campo de Centeio" no Brasil e "À Espera no Centeio" em Portugal), obra publicada em 1951 nos Estados Unidos.

Salinger começou escrevendo ainda na escola secundária, e publicou vários contos no início da década de 1940, antes de servir na II Guerra Mundial. Em 1948, ele escreve o seu primeiro conto aclamado pela crítica, "Um dia ideal para o Peixe-Banana", publicado na revista New Yorker, que seria o local onde saíriam mais outros contos seus nos anos seguintes. Em 1951, publica seu primeiro romance, "O Apanhador no Campo de Centeio", que torna-se um sucesso imediato. Sua descrição da alienação da adolescência e da inocência perdida através do seu protagonista, Holden Caulfield, serviu de influência para toda uma geração de novos leitores, especialmente adolescentes. O livro continua tendo uma vendagem estimada em 250 mil cópias por ano.

O sucesso de "O Apanhador no Campo de Centeio" chamou atenção do público para Salinger, que, a partir de então, torna-se recluso, publicando menos do que antes. Os livros que se seguem ao Apanhador são: "Nove Histórias" (Nine Stories), de 1953, um apanhado de nove contos publicados na revista New Yorker entre 1948 e 1953; "Franny & Zooey", de 1961, que consiste de duas novelas curtas, "Franny" e "Zooey"; e "Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymour, uma Introdução", de 1963, que também reúne duas novelas de Salinger. Estes três livros tem histórias em que são personagens principais a Família Glass, constituída por Buddy (espécie de alter-ego do escritor), Seymour, Boo Boo, Franny e Zooey Glass, todos irmãos. Seu último trabalho publicado, uma novela intitulada "Hapworth 16, 1924",apareceu na New Yorker em 19 de junho de 1965.

Depois disso, Salinger continuou recluso, aparecendo esporadicamente na Imprensa. No final dos anos 90, são publicadas duas obras de memórias de pessoas próximas à Salinger; Joyce Maynard, sua ex-amante, e Margareth Salinger, sua filha. Em 1996, um pequeno editor americano anunciou um acordo com Salinger para a publicação de sua última novela,"Hapworth 16, 1924", em forma de livro, mas alguns problemas adiaram o lançamento da obra indefinidamente. "Hapsworth" foi escrita como uma carta de Seymour Glass, então com 7 anos, para sua família. Seria o desfecho da saga da Família Glass, também presente nos livros anteriores de Salinger. O curioso na obra de J. D . Salinger é a forma como ela influenciou gerações e ainda continua a influênciar, só para se ter uma idéia a obra é citada em alguns casos curiosos, como a morte de John Lennon. Segundo testemunho do próprio Marc David Chapman, o autor do assassinato de Lenon, estava lendo o "Apanhador no Campo de Centeios", minutos antes de tentar o suícidio e da obra teria tirado inspiração para matar John. Outro fato curioso é que o atirador que tentou matar Ronald Reagan em 30 de abril de 1981, afirmou a mesma coisa, ou seja, que teria tirado do livro a inspiração para matar o presidente Reagan. No filme "Teoria da Conspiração ", Mel Gibson faz o papel de um motorista de taxi psicótico, que acha que todos estão contra ele, ele possui uma compulsão, comprar diariamente um mesmo livro, "o Apanhador no Campo de Centeios", em sua casa existem milhares de exemplares dessa obra, por conta de uma dessas compras ele é descoberto por seus inimigos é quase acaba morto

27 de janeiro de 2010

Você se lembra desse texto?

Filtro Solar

Pedro Bial
Composição: Mary Schmich

Brother and sister
Together we'll make it through
Someday your spirit will take you
And Guide you there
I know you've been hurtin'
But I'll be waiting to be there for you
And I'll be there just helping you out
Whenever I can
Everybody's free...


Nunca deixem de usar filtro solar!
Se eu pudesse dar uma só dica sobre o futuro,seria esta: use filtro solar.Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar
estão provados e comprovados pela ciência;
já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante.

Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês.
Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.
Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder
e a beleza da juventude até que tenham se apagado.
Mas, pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e
perceber de um jeito - que você nem desconfia hoje em dia
quantas tantas alternativas se lhe escancaravam à sua frente,
e como você realmente tava com tudo em cima.
Você não é tão gordo(a) quanto pensa!

Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação
é tão eficaz quanto mascar chiclete
para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca
passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às quatro
da tarde de uma terça-feira modorrenta.
Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.
Cante.

Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
é só você contra você mesmo.
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,
aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.
Seja cuidadoso com os joelhos.
Você vai sentir falta deles.
Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se auto-congratule demais, nem seja severo demais com você.
As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo.
É assim pra todo mundo.

Desfrute de seu corpo.
Use-o de toda maneira que puder. Mesmo.
Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele.
É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.
Dance.
Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.
Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se achar feio.

Dedique-se a conhecer os seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado
e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas
e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar,
mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.

More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.

Aceite certas verdades inescapáveis:
Os preços vão subir. Os políticos vão saracotear.
Você, também, vai envelhecer.
E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem,
os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes,
e as crianças, respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos.
E não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada.
Talvez case com um bom partido.
Mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.

Não mexa demais nos cabelos senão quando você chegar aos quarenta
vai aparentar oitenta e cinco.
Cuidado com os conselhos que comprar,
mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo,
repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite!

26 de janeiro de 2010

before you accuse me

Hj me acusaram de estar apaixonado.
simples assim
vc se apaixonou e não tem tempo pra mais nada
ninguém quis ver minhas lágrimas brotando pelas madrugadas
caindo pelo caminho que cumpria
ninguém me deu alento depois da tempestade.
ninguém me ofereceu um sorriso
ninguém me deu tempo de ser mais do que isso
agora eu sorrio e
sou acusado de não ser mais triste,
como se meus poemas fossem perder a verdade por que
quero escrever que sorri tomando sorvete
queria um pouco mais de sinceridade
não se preocupe
minha maior paixão continua sendo...
esse poema escrito por e.e. cummings me veio à mente no meio da madrugada enquanto eu escrevia os outros poemas. ah, nada como poder dizer o que se sente


nalgum lugar em que eu nunca estive,alegremente além
de qualquer experiência,teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos,nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente,misteriosamente)a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado,eu e
minha vida nos fecharemos belamente,de repente,
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre;só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas



e.e. cummings
( tradução:  Augusto de Campos )

"A CANTADA PERFEITA " Poemas que eu fiz para você #2

A CANTADA PERFEITA
Se o Shrek fosse um calango
vc me daria uma chance?
Se eu conseguisse não devanear
seu sorriso diria outra coisa?
Tantas perguntas em minha cabeça
e meu coração não bate direito
ele pulsa mais forte
quando seu olhar cruza com o meu.
As palavras me surgem como relâmpagos
na tempestade.
As minhas mãos querem as tuas,
querem suas costas
num abraço perfeito.
Não são os atropelos que você me causa
são momentos em que, calado,
consigo
ser calmo, ser firme.
Não importa que espirrem alto no bar
do outro lado da rua.
Eu em silêncio digo que te amo.

Terei apenas 6 horas para sonhar com vc.

Terei apenas 6 horas para sonhar com vc.
Levanto as sete da manhã para ir ao inglês,
agora é quase uma,
mas tomei duas antes de vir.
Vou dormir e sonhar,
quando acordar
será bem melhor.

Sim, eu penso muito nisso.

sim
eu penso muito nisso
é porque nas noites
há apenas silêncio e você em meu pensamento
e como eu amo os dois
escrevo poemas para que haja o registro
de que há um momento em que o corpo cala
e a alma berra

Algumas coisas acontecem e outras não

Algumas coisas acontecem e outras não
Eu gostar de você é uma das que acontecem.
Aqui nesta sala vazia onde só um blues
me faz companhia
você caminha em minha mente e me deixa
calado,
brincando com o restinho de uísque do meu copo.
Mas o interessante é que mesmo estando aqui comigo
sei que está na sua casa tentando dormir.

Os poemas que eu fiz para você #2 (TBN)

Negar você é negar a poesia
isso não posso fazer
não quero mais silenciar madrugadas
calar o alvorecer.
É você que me provoca
é com você que sonho.
Ninguém retribui o amor
só podemos dar o tanto que temos
e em cada um cabe diferente

25 de janeiro de 2010

novidade pra facilitar

Bem, se você que lê meu blog e fica puto quando quer achar um poema ou algum artigo sobre determinado assunto e, como eu, não tem saco de ficar voltando as páginas, relaxe que resolvi. Agora é só escrever o que vc busca nesse espaço (olha a foteeeenha) e fica mais fácil...
Espero que ajude.

fim da maria borralheira

Bem. Finalmente Maria Borralheira terminou e podemos dar um passo adiante. O que marcou o dia foi o torpedo que o Killer enviou me informando que o tio "Indiana Jones" faleceu. Triste.


Teve bons momentos também, como o de mostrar pra Mariana o vídeo que fiz pra ela e entregar pra Tamires a carta sobre amizade que escrevi madrugadas atrás.

tiramos algumas fotos e com o tempo eu posto aqui... ou não

18 de janeiro de 2010

para Luciana Lucena (18/01/2010) 19h22


sua alma de óculos
passa pela minha com beijos
e tocam os ares
os desejos
dos dedos que desenham
a palavra
não dita.
três "L" teu nome inicia
meu E.R.D. do segredo
se anuncia.
e nasce um canto nesse céu
fechado
onde podemos
apenas rir do que é dito
pelo som que teu canto me trouxe
o violão, o colhão, o travesseiro
e o conforto.
Larário Piscante
livros beat´s que não lemos.
relaxe e sorria
outra vez nos veremos
e mais risos virão
sua alma para minha
e
da minha alma para sua.

esboço

O dia em que amputaram minhas pernas foi o mais feliz da minha vida. A minha volta todos choravam e tentavam me convencer de que tudo ficaria bem, por mais que eles próprios não acreditassem nessa afirmação. Meus pais diziam no olhar o ódio que nascia porque, para eles, Deus tornara-se deus. Como isso poderia ter acontecido com um homem tão bom? Um trabalhador, honesto e chefe de família recém criada?
Ela segurava nossa filha no colo. O bebê com pouco mais de um ano sorria e saltitava em direção ao corpo sem pernas deitado na cama. Era, em sua pureza, a única que partilhava comigo a felicidade do momento que vivia. Pela primeira vez eu sentia o que era amor. Chorei, meus olhos não suportavam mais. Minha mãe ao perceber veio à cabeceira do leito e com cuidado, para não sentar-se na fina mangueira do soro, alisava meus cabelos.
“Calma meu filho. Nós estamos com você! Todos ajudaremos”
Ela não sabia, ou sabia e não havia dado importância, mas ninguém estava realmente comigo. Daqui a pouco todos voltariam para as suas casas, seus ritmos. Todos caminhariam para o seu fim, menos eu, eu rodaria até lá. Será que no céu tem rampa de acesso para cadeirantes? Com certeza no inferno não. Porque haveria? Pensando melhor, claro que há. Não faria sentido. O que faria?
Meu pai, sempre firme, não desmoronaria. Não diria nada. Em seu não saber o que fazer deu-me tapinhas no cotó da perna direita. Recolheu a mão como se tivesse cometido um pecado mortal. Pela primeira vez em meus mais de trinta anos eu recebia um toque carinhoso do meu pai.

lançamento

No dia 9 de março (meu aniversário), chegará às lojas dos EUA, um novo álbum de Jimi Hendrix. Trata-se do disco "Valleys of Neptune", que traz 12 gravações de estúdio realizadas em 1969. Quarenta anos depois de sua morte. O futuro lançamento resultou da parceria entre a família do lendário guitarrista e o Sony Commercial Music Group. O repertório terá covers como "My Bleeding Heart" [Elmore James] e "Sunshine of Your Love" [Cream] e composições de Hendrix. "Este disco oferece uma visão única da maestria de Jimi nos processos de gravação e demonstra que ele era tão inovador no estúdio como ao tocar guitarra. Sua sabedoria brilha em cada uma destas maravilhosas canções", explica em um comunicado Janie Hendrix, irmã do guitarrista e presidente da Experience Hendrix LLC, a fundação que protege o legado de Jimi Hendrix. Segundo Janie Hendrix há material [áudio e vídeo] para abastecer uma década de novidades aos fãs. O novo álbum "Valleys of Neptune" irá trazer gravações de 1969, um ano antes de Jimi falecer. Jimi Hendrix nasceu em Seattle, EUA, em 1942 e faleceu em Londres no dia 18 de setembro de 1970, aos 27 anos de idade.

texto de Zeca Camargo sobre o novo Sherlock Holmes



Enfim, fiquei com essa lista na cabeça porque esta semana fui assistir a essa nova adaptação de Sherlock Holmes para o cinema. Será possível que dali vai sair uma nova série, “à la 007”? Viria por aí, pelo menos, um segundo filme? Com aquele final para lá de “aberto” – calma, isso não é um “spoiler”! – e mais a bilheteria de, por enquanto, US$ 165 milhões (só nos Estados Unidos), é bem provável que sim. Mas será que vamos querer ver mais uma aventura desse que eu chamaria – como no título do post de hoje – de “o primeiro herói de ação” (uma brincadeira, claro com o título original de um deslize na carreira de Schwarzenegger…)?
Sabendo que vou levantar algumas sobrancelhas de quem ler isso, eu diria que sim – desde que seja dirigido por Guy Ritchie! Isso mesmo! Madonna, você está ouvindo? Seu ex-marido pode, sim, dirigir bons filmes – desde eles tenham bons personagens. Ah, e bom atores…
Confesso que fui ver “Sherlock Holmes” quase que como uma obrigação. Sem ter assistido a “Homem de Ferro”, sempre tive dificuldade para “entender” o “renascimento” de Robert Downey Jr – um ator que sempre gostei à distância, mas que não me inspirava a comprar ingresso para nenhum filme simplesmente pela sua presença nos créditos… Porém, com tanta publicidade em torno de sua “reinvenção” do clássico detetive inglês, achei que deveria conferir. O fato de Guy Ritchie assinar a direção também jogava contra – eu nunca fui muito seu fã, nem daqueles primeiros trabalhos que lançaram sua carreira, como “Jogos, trapaças e dois canos fumegantes” (1998). E uma admiração pelos livros do criador de Sherlock, Sir Arthur Cona Doyle – que devorei na minha adolescência (me lembro até hoje do frio na espinha ao ler “O cão dos Baskerville”!) – também contribuía para minha resistência a encarar “Sherlock Holmes”…
Tudo começa muito mal. Em cenas escuras demais – mesmo para a noite de Londres do final do século 19 –, acompanhamos a captura de um assassino místico, Lord Blackwood (Mark Strong), numa sequência que parece um pastiche de Harry Potter. Uma interessante fragmentação do plano de ataque de Holmes (retomada de maneira ainda fascinante depois, numa cena de luta que é quase uma homenagem a “Clube da luta”) quebra um pouco a monotonia dessa introdução. Mas nada parece especialmente cativante na primeira meia hora desse filme.
O Holmes de Robert Downey Jr parecia ter passado um ponto além da caricatura. Apesar de Lord Blackwood ser um clássico vilão, ele não me convenceu logo de cara. E as cenas de ação pareciam se repetir sem muita novidade. Mas aí algo surpreendente aconteceu: num recurso que Ritchie usaria ainda em vários momentos do filme – inclusive nas explicações para todos os mistérios de Lord Blackwood –, ao demonstrar como Sherlock seguiu sua provável ex-namorada, Irene Adler (a ótima Rachel McAdams), uma sequência rápida, fragmentada e deslumbrante vai se revelando diante dos nossos olhos. Uma perseguição sutil, por becos londrinos – que passa até por um pátio onde um circo popular está sendo armado (uma cena que eu achei bonita demais para ser apenas um pano de fundo!) – me cativou aos poucos. E eu não queria mais parar de ver “Sherlock Holmes”.
Passei a olhar tudo de uma maneira diferente. Downey Jr continuava ligeiramente afetado, mas eu já não me importava. O camarada de Holmes – o doutor John Watson, interpretado por Jude Law – passou a não ser apenas um personagem secundário, mas alguém fundamental para a trama. Fiquei mais instigado a desconfiar do lado “místico” do vilão. E as cenas de suspense ficaram ainda mais interessantes (uma delas, no que parece ser um frigorífico de porcos, me pareceu bastante original). Era como se eu me sentisse, enfim, desafiado a me envolver naquilo tudo – uma façanha que, diga-se, “Avatar” não foi capaz de cumprir…
Aceitei o convite ao desafio numa boa – e me senti recompensado. O final – repetindo, isso não é um “spoiler” – é meio “Mandrake”, tipo “Tudo se ilumina”. Mas você logo se lembra que não está vendo nenhum filme de arte – e tudo bem… Até mesmo quando você percebe que existe um “gancho” óbvio para a continuação da “saga” – “Sherlock Holmes 2”, seria o nome? – você relaxa e diz “tudo bem, vou esperar pela continuação…
Vou passar agora pelo menos umas duas semanas sem entrar propriamente num cinema para assistir o filme. Por conta de um novo projeto no trabalho, vou visitar lugares fora do Brasil onde o cinema não será exatamente uma prioridade. Por isso mesmo, de certa maneira, fico feliz de ter (aberto e) fechado minha temporada de cinema de começo de ano com “Sherlock”. Olhando o que está em cartaz nas grandes capitais, poderia ter sido muito pior – imagine… “Alvin e os esquilos 2”…
Assim, viajo feliz – tentando espantar a fase ruim, olhando para novos horizontes (sobretudo geográficos!), e com a certeza de que quando algum amigo me perguntar se estou melhor, eu poderei responder com a frase que o próprio Robert Downey Jr não fala sequer uma vez neste seu novo filme, mas que assim mesmo é uma marca de seu personagem… “Elementar, meu caro Watson”…


(leia a coluna toda no site http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2010/01/14/o-primeiro-heroi-de-acao/)

14 de janeiro de 2010

Johnny Cash terá mais um álbum póstumo lançado



LOS ANGELES (Reuters) - Mais de seis anos após sua morte, Johnny Cash estará de volta às lojas em fevereiro com um novo álbum que vai incluir uma das últimas canções que o legendário artista country compôs.
Anunciado como o último álbum de uma série de gravações de retorno comandadas pelo produtor Rick Rubin, "American VI: Ain't No Grave" será lançado em 26 de fevereiro, o 78o aniversário do nascimento de Cash, disse uma porta-voz de Rubin.
Como é o caso dos álbuns que o precederam, "Ain't No Grave" inclui vários covers acústicos, incluindo canções escritas por Sheryl Crow e Kris Kristofferson e também uma canção gospel que já teve cover anterior de Bob Dylan.
O próprio Johnny Cash contribuiu com "I Corinthians: 15:55", que compôs em seus últimos três anos de vida. Ele morreu em 12 de setembro de 2003, após anos com a saúde fragilizada e apenas quatro meses após a morte de sua mulher, June Carter Cash. Em junho de 2006 Johnny Cash liderou a parada de álbuns pop nos EUA com "American V: A Hundred Highways."
A série "American Recordings" começou em 1994, depois de Rick Rubin ter resgatado Johnny Cash de uma fase de baixa criativa e comercial. Aclamadas pela crítica, suas colaborações receberam seis Grammy e levaram ao surgimento de toda uma nova geração de fãs atraídos por covers melancólicos de artistas como Beck, Nick Cave, Neil Diamond e Depeche Mode. O maior sucesso de Cash na época foi "Hurt", do Nine Inch Nails, cujo vídeo comovente serviu como seu adeus final.
A lista de faixas de "Ain't No Grave" inclui "Redemption Day," de Sheryl Crow, e "For The Good Times," de Kris Kristofferson, além de "A Satisfied Mind," de Joe "Red" Hayes e Jack Rhodes, a faixa de abertura do álbum pouco apreciado "Saved" (1980), de Bob Dylan.
Johnny Cash também fez covers de "Can't Help But Wonder Where I'm Bound," de Tom Paxton, "Cool Water," de Bob Nolan, e "Aloha Oe," de Queen Lili'uokalani. Ele modernizou a canção antiguerra de Ed McCurdy "Last Night I had the Strangest Dream," que também aparece em seu álbum de concerto de 1969 "At Madison Square Garden."


(Reportagem de Dean Goodman)

12 de janeiro de 2010

12 de janeiro - madrugada

Nua
sua nuca arrepia ao contato
da minha
língua.
E meu peito pressiona sua omoplata.
sua língua abençoa meu dedo
e sua boca sussurra de leve
o ardor de toda sua pele.
A minha barba e seu cabelo se
emaranham.
Seus seios contra a parede, seu corpo
recebe as tintas de meu poema.
Sua coluna aceita minha língua e
sua mão guia a minha
pelo labirinto de nosso desejo.
E o toque íntimo é úmido,
de uma calma alucinante
retira o ar de seu corpo.
Nossas bocas se unem
em um resgate boêmio.
Suga a minha língua,
desarruma meus cabelos
nossas mãos nos tateiam
os corpos.
Ah, te quero tanto
more em emeu abraço
faça de meu beijo o seu segredo.
façamos do gozo a luz de nossso amanhecer

11 de janeiro de 2010

e o besta aqui que sempre achou que o poeta podeia escrever sobre tudo, mas me censuram.
Você caminha em silêncio,
teu corpo é todo balanço,
teus olhos são armadilhas,
e eu me rendo.
O sorriso que tua boca desenha
me deixa também risonho.
Aquecido por uma perigosa
aproximação.
E invade meu pensamento santo
querendo repouso de tudo
que me cerca.
E o castanho dos teus cabelos
me invade o verde dos olhoa,
me perfuma o abraço
me abarca e prende.
Como tua boca, pecaminoso convite
me arrepia o espírito
me entrego.
Passeia em meu verso, em meu sonho,
meu delírio tem seu nome

7 de janeiro de 2010

ESTREIA-"Amor Extremo" retrata romance entre poeta e 2 mulheres

SÃO PAULO (Reuters) - O cinema sempre adorou artistas conturbados. Afinal, é mais fácil transformar em filme vidas e amores de pessoas pouco convencionais do que encontrar algum brilho na simplicidade de uma existência supostamente regrada. Nesse sentido, o drama inglês "Amor Extremo", que estreia sexta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, encontra material de sobra numa história polêmica, supostamente de fundo verídico, envolvendo o galês Dylan Thomas (1914-1953), considerado um dos grandes poetas da língua inglesa.
Década de 1940, em Londres. Vera Philips (Keira Knightley, de "Desejo e Reparação") é uma cantora emergente, apesar dos bombardeios alemães que atingem a capital britânica em plena 2a Guerra. Dylan Thomas (Matthew Rhys, da série "Brothers & Sisters") é um poeta que viverá uma caso tórrido com a cantora, sua antiga paixão, e sua mulher, Caitlin (Sienna Miller, de "Stardust - O Mistério da Estrela").
Vera resiste a este envolvimento e se casa com William (Cillian Murphy, de "Batman Begins"). Ainda assim, aceita viver numa casa ao lado da família de Dylan, numa região rural do País de Gales, enquanto seu marido vai lutar na 2a Guerra. É nesse momento que as coisas ficam bastante conturbadas para o trio.
Dylan ama Vera, que corresponde, mas também parece gostar muito de Caitlin, a mulher de Dylan, e mesmo de seu marido. Quando este volta do front, escandaliza-se com a situação e, numa noite, chega a ameaçar a todos com uma arma, o que gera um processo judicial.
Fica muito evidente que o trio, formado por Dylan, Vera e Caitlin, tem dificuldades para lidar com a vida real e amadurecer de verdade. Como as duas atrizes, que não tem muita química entre si, pouco conseguem tirar de seus personagens, sobra espaço para Rhys interpretar um Dylan Thomas menos caricato e com certo humor. Ele pode não parecer muito real - apenas uma versão cinematográfica do verdadeiro poeta -, mas, ainda assim, consegue chamar para si as atenções e permitir que o filme ganhe um pouco mais de energia sempre que entra em cena.
Dirigido por John Maybury ("Camisa de Força") a partir de um roteiro de Sharman Macdonald (dramaturga e mãe da atriz Keira Knightley), "Amor Extremo" parece um pouco fascinado demais pela vida boêmia e repleta de escândalo de seus personagens, mas falha em dar-lhes maior veracidade na tela.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)


* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

6 de janeiro de 2010

17 anos de amizade


Esse ano completamos, Wander "The Killer" e eu 17 anos de amizade sem nunca discutirmos. Mais do que um amigo ele se tornou meu irmão e bom ter um amigo assim. Aproveito aqui e faço uma homenagem às pessoas que formavam nossa máfia desde a época do colégio.
Ouçam no volume máximo

5 de janeiro de 2010

uma xícara de café (papeando com fabianesa@)

café é um beijo dado num momento que não se espera
mas é o beijo que se quer
é quando a língua da pessoa visita sua boca
e arrepia a alma
estou tomando
as mãos quentes envolvem a xícara e
me entorpece o aroma.

4 de janeiro de 2010

2010

Olá, o primeiro post do ano é muito especial para mim. Primeiro porque começamos os 7 anos de existência desse espaço. Fico muito feliz porque tem amigos que me acompanham desde as primeiras publicações. A vida recomeça de uma forma linda para mim. Preste atenção no vídeo que gravei dia 02 de janeiro