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27 de abril de 2006

Por que????? D...


por que vc resolveu ir?
a noite sem você será tão quieta
e não teremos mais a mesma forma
não seremos mais que lembranças?
e depois do primeiro passo
cada um pro seu lado,
cada um no seu jogo
a guitarra deixada de lado
a música ecoando
solta no ar
um grito de alerta
uma lágrima de lamento
um instante que mudou
os sonhos
os mesmos
somos outros
mas ainda somos os mesmos

26 de abril de 2006


Sempre aparece uma pessoa legal que me apresenta um disco novo, um autor, um pintor, uma bebida, um cigarro, um pôr-d0-sol... sempre aparece essas pessoas que me ajudam no meu dia-a-dia e muitas vezes elas nem sabe que me ajudam e o quanto.
Recentemente quem vem dando um brilho especial é a Ju, lá de Aracajú/Sergipe. Ela me apresentou ao som da banda Cachorro Urubu, que faz um cover de responsa de Raul Seixas, e mais recentemente ela me apresentou a banda Rokassetes. Banda lá do nordeste que está aqui em Sampa procurando um lugar ao sol...
Além de tudo isso ela ainda tem um pusta sorriso cativante e adora palhaços (será que é por isso que nos damos bem?) E além de tudo escreve com sentimento, transmite e trasnpira afago... muito bom mesmo. ela tinha de publicar um livro e logo. Virei fã. Bem nem vou falar das fotos que ela tira e das imagens que ela encontra e dá sentido com as palavras...
Fica aqui esse cheiro pra vc minha inha (sim isso é coisa de baiano)
beijos mil...

24 de abril de 2006





as coisas mais sérias eu digo rindo
declaro guerras, escrevo canções
amo no meio da relva e choro
de lábios abertos
por que sou acima de tudo um desesperado

21 de abril de 2006



por que vc ouve e eu tb...
















Tangerine
Led Zeppelin
(Jimmy Page)

Tangerina
Medindo um dia de verão
Eu apenas concluo que
Ele descolore para o cinza
As horas, elas me trazem dor
(Refrão)
Tangerina, Tangerina
Reflexão viva de um sonho
Eu era o seu amor
Ela era minha rainha
E agora mil anos se passaram
Pensando como era antes
Ela ainda se recorda
De tempos como estes?
Para pensar novamente em nós?
Eu me lembro

Carta aberta





Se o coração senha estaria danado por que sou transparente e não sei esconder as coisas que me sacodem a alma. Gostaria até de aprender a não olhar tanto as pessoas nos olhos, mas daí jamais teria encontrado pessoas maravilhosas como vc.
Parece besteira, uma onda que sabe-se que pode afogar, sorte eu saber nadar.
Tem quase uma semana que não nos falamos... sumimos ambos. Andei apostando nos sonhos de alguns amigos e isso andou me fazendo um bem danado. Mas mesmo assim ainda falta vc.
Black Dog anda bem, prometo enviar fotos, andei tirando algumas. Escrevendo muito e tentando separar o joio do trigo, mas falta vc pra que eu possa mostrar o que ando produzindo.
O peito anda carregado por uma vontade louca de berrar pelas ruas. Anda meio chiado também por conta dos cigarros e bebedeiras, mas no fundo tudo bem.
E vc? Quais as novidades?
Falta um pouco mais de cores na minha vida e eu procuro uma decoradora...
paixões...

19 de abril de 2006

VUDU NAIPES... SURPRESA????




na foto a banda VUDU NAIPES em ação
Daniele (vocal) Jaqueline (baixo)






Na noite de terça feira aconteceu o previsto e aguardado show da banda VUDU NAIPES, não foi o primeiro, mas o melhor até agora. Fico imensamente feliz em dizer que aqui em Tupã tem Rock'n'roll de qualidade técnica e tudo o mais. O público conheceu um grupo de amigos que terá um caminho a trilhar e o fará com responsabilidade e respeito.
Daniele provou que É uma CANTORA com pontencial, soube driblar sim o nervosismo e se entrosar ao público. Ensinou o refrão da primeira música da banda "PSICOPATA" da qual já me tornei fã, podem dizer os P.I.M.B.A.S (*) que é um instrumental fácil, primário... mas o que encanta é a simplicidade e a letra é o Máximo.
Jaqueline tem além do controle do baixo um humor certeiro que não é encenação, ela é assim mesmo. Claro que adorei o momento em que ela esmurrou o instrumento, sobretudo por que tem de colocar pra fora mesmo.
Joice encantou com sua base na guitarra e sua calma aparente em dar o primeiro passo. Mesmo sendo quase sempre uma figura calada e digo até misteriosa é fascinante saber o que anda na mente dessa garota. A letra de " Psicopata" é dela.
Daniele (D2) eu conheci somente na tarde do show e chegou pilhada pelo nervosismo e por um outro compromisso na mesma noite. Um jogo marcado para as 19h que ela disse que ganharia e que viria fazer uma boa apresentação. Assim dito, assim feito. Ganhou o jogo e veio dominar os solos. Parabéns pela garra
Lavado é o divertido bateirista da banda, digo também um cara levemente estabanado mas competente quando o cerco se fecha. Tocou como se estivesse em transe, digo isso por que eu o vi de perto ali no palco com uma feição calma e lívida, uma calma proveniente do desespero.
Foi compentente até na hora da entrevista para o Ademir André da 97,7 FM.
Os amigos presentes, alguns familiares e muito rock. Uma boa noite realmente.
Conversas depois da apresentação demontraram aos integrantes da banda e da equipe de apoio o que estava nítido. VUDU NAIPES SABE O QUE FAZ.
Ficou claro uma coisa também e isso foi o que mais me fez bem; ser filho de fuano ou de cicrano não basta. tem que ter TALENTO E AMOR pelo o que realiza e novamente eles foram ótimos. Tão bons que MR. Jeff pulava feito um alucinado e pra mexer com um músico do gabarito deste jovem mestre é por que eles tem sim o que dizer...
fico por aqui
até mais

(*) Pseudo Intelectuais Metidos a BestA

17 de abril de 2006

conheçam

Eu Sou Aquele Que Disse

Sérgio Sampaio

Eu tenho os dias contados
Um encontro marcado
E as mãos na cabeça
Eu tenho o corpo fechado
Que soltem as feras
Diante da mese
Eu sou aquele que disse
Tanto limão pelo chão
Soltem cachorros nos parques
No pátio interno os ladrões
Cante, converse comigo
Antes que eu cresça e apareça
Mesmo eu não estando em perigo
Quero que você me aqueça
Neste inverno, ou não
Neste inferno, ou não
Aqui, meus olhos vermelhos
Meu rosto pregado
Antes que eu esqueça
Aqui, eu abro meu jogo
Não mato, não morro
Nem perco a cabeça
Eu sou aquele...
Eu sou quem pede e não manda
Mantenha distância
Da minha cabeça
Eu sou quem acha e não acha
E se fala e se cala
É debaixo as mesa
Eu sou aquele...

13 de abril de 2006

relatos da fase branca

Relatos da fase branca


Seus medos te perseguem como guerreiros alados?
Seus medos te perseguem como demônios ?
Tuas virtudes te abandonam como o acaso que não corrompe o tempo
Tudo é válido e falho.
Tudo perde seu brilho depois da primeira catástrofe.
Crianças que guiam o mundo brincando de deuses
Trancados em seus gabinetes com sus mentiras explodindo em campos vizinhos
Assassinando outras crianças menos favorecidas no jogo dos ratos.
O sonho apenas é válido para quem tem a Lua como guia
O real apenas é válido para quem tem o Sol como irmão?
E o som que tuas angústias promovem, será que te transformará em uma pessoa melhor?
Será que o silêncio te perturba da mesma forma que faz comigo?
Quais são teus amigos?
Quais são teus inimigos?Quem você ama realmente?
Quem é teu deus?
Teus olhos mentem, teus braços prendem
Teus beijos ameaçam e tua ausência é nociva
O que você faz enquanto eu me consumo em dúvidas?
O que você faz enquanto eu me guio pela noite?
Meus amigos pensam em comunidades. Exercem seus destinos como quem comanda as areias da ampulheta.
Nesta casa os espelhos não repetem os porquês
Não repelem os porquês os habitantes deste universo em expansão e em eterna e terna rota de colisão com o convencional.
Aqui o Lugar Comum não passa de um livro
Lugar distante fica no olho esquerdo de qualquer furacão.
Quem tem companhia para as noites de solidão em que as bruxas estão à solta e tudo o que te define são os pontos de interrogação...
Tente se definir enquanto o mundo desaba.
Tente correr para um abrigo nuclear nos braços do teu pior inimigo
Quem está ao teu lado na hora das lágrimas?
Quem está em você no momento da fúria
Deus existe?
“Catequizaram os índios” rolou um poema em uma festa de república da turma de filosofia da Unesp em 1996,
mas e a mim... quem catequizou?
Qual o valor que te impede de ser ativo?
Qual o valor que te impede de ser você?
Estrada branca e comprimida entre as soluções
Será que alivia? Será que te protege?
Anjos lutam ao redor do campanário semi destruído.
Guerreiros empunham suas armas sonoras e espalham seus desejos
Três e quinze da manhã e o sono não virá hoje... eu tenho mais o que fazer.
Penso em várias coisas ao mesmo tempo e não quero ficar aqui parado fazendo nada.
Vulcões explodem jogando lava e espalhando medo
Ela me disse que também tem medo de mim.
Profeta lunático, descendente de índios
Nascido em terras do grande deus tupi, salve Tupã.
Sempre procurando alguma verdade plantada nos quadros da parede
Vicia a forma do papel em loucura
Garganta cheia de areia
Cabeça explodindo amanhãs
Ações escondidas em bocas caladas
Idéias abortadas de guerras não deflagradas.
O som da loucura, a primeira sensação que ela promove é extremamente caó
tica

Na tv o desenho dá um toque
Na tv o sangue escorre em canais diferentes.
Você sabe o sabor do beijo da morte?
Qual é a cor dos olhos da esperança?
Qual é o motivo que te leva para frente?
Sejamos sinceros, não existimos enquanto não propomos o caos e o progresso enquanto meta.
Chegaremos a algum lugar e em qualquer momento os raios de uma nova virtude te alcançará e não adianta correr... a vida te apanha na próxima esquina.
Um amigo disse que não estamos nem aí para o que será feito de nossos atos. Eles não ficarão em um livro, não serão analisados. Não crer no que se pode ser é pior do que tudo.
Em meus sonhos, às vezes, encarno o animal que há em mim. A visão muda e abarca o que me encanta. O caminhar é silencioso e sinto um gosto forte de sangue em minha garganta, não posso fugir desta realidade, sou eu sem máscaras.
Você me inspira e nega que há estrelas que brilhem mais que teus olhos. Sei lá, às vezes, bobagens românticas me ganham, às vezes me encanam e pior ainda quando me engana.
O prazer, antes era vendido em uma pharmácia. Hoje é crime.
Alcoolismo é bonito e aceito pela sociedade.
Dr. M bebe sua garrafinha de uísque e acha feio que sua filha seja lésbica e fume sua maconha. Não entendo qual a razão se em seu consultório, talvez, ele acaricie sua secretária e aspire suas carreiras. E para sua filha o que ele aspira?
A infância fica para trás completamente? E a insegurança... passa?
Medo eu faço questão de Ter ao lado, sempre berrando e me alertando de que algo pode estourar meus miolos. Meu copo está vazio. Meu corpo está vazio e minha cabeça não para de produzir.
Penso eu que em uma dessas viagens meus dedos irão, simplesmente, cair de tanto digitar. Será que mais alguém tem a mesma necessidade que eu?
Armam o próximo tiro e o estalo que provoca não mata... cria.
Reconheço a complexidade e a falta de ser Ter uma ordem na minha forma de escrever, sei também que isso não interessa a ninguém.
Sonhei com a Nuit, ela me dizia: “ O silêncio é filho da puta. Ele não diz nada e chega fazendo o maior estrondo.”
Arquiva tuas esperanças em dias que não serão esquecidos. Não serão perdidas tuas ilusões.
No meio da mata os ruídos dos espíritos dos índios promovem um Kuarup.
Dançam em volta das fogueiras e cantam suas guerras, cantam suas histórias.
As chamas abençoam o local que, por encanto volta a ser habitado.
Tudo estaria normal se a mata ainda estivesse lá. Se não houvesse sido violada a mata não estaria pavimentada e nem haveria postes atrapalhando a visão da Lua.
Em frente à casa, uma pessoa guarda nossos mais preciosos bens. Nossas cabeças armadas, prontas para o ataque final.
Enrolaram o herói na bandeira, ele não mentirá mais
Enforcaram o alferes em praça pública. Os outro foram exilados.
Proclamaram a independência, mas não abriram as algemas ainda.
Aboliram a escravidão e pouca coisa mudou desde então.
Transformou-se em república e hoje vendem a justiça em pedaços pequenos nos açougues do centro da cidade.
Aonde você estava quando meus olhos ficaram vermelhos pela primeira vez?
Aonde você estava quando meus pés ficaram em carne viva e a vida me perseguia, cada vez mais perto. Meu copo está vazio novamente.
Aguardente, desce adormecendo a língua me impedindo de ficar falando, discorrendo sobre o absurdo de ainda estarmos encharcados de suor e receio de ficar com as portas abertas. Loucos e presos dentro de casa
Ultimamente ando compondo muito, tenho uma porção de novas verdades para distribuir entre meus amigos.
Quem sabe o que eu quero dizer com PAZ?
“Novidade” gritou a consciência. Queria um novo sorriso estampado para uma situação já conhecida por todos há tempos. Nascimento e morte já não era novidade. Os relógios eram o quê afinal de contas?
Quem lembra como foi o início de tudo? Quem se lembra do exato instante em que algo deu o bum inicial do grande processo de metamorfose. Mudei para caramba nestes últimos seis anos e quero mudar o dobro nos próximos seis.
O que quer eu faça só tem um objetivo, registrar a história do universo que habito. Sempre e sempre terei coisas a lembrar e algo a dizer sobre o que nascia ao meu lado.
Me emocionei com os sons que minha solidão ou meu silêncio proporcionavam. Claro que nem todos compreendiam. Eu era novo nas engrenagens que eles já havia criado há alguns anos atrás. Será que ninguém percebeu que fico quieto para poder captar quais são os tijolos usados nos sonhos de cada um que fazia parte do processo.
Com o tempo o teatro foi perdendo algo que nem sei se teve realmente em mim, creio que tudo será assim em minha vida, passageiro sem bilhete de um sonho coletivo.
Quem consegue entender que faço o que faço por que gosto. Bebida para mim é primordial, gosto de sentir aquele líquido descendo por minha garganta e me entorpecendo aos poucos. Não é fuga é paixão. A mesma coisa acontece com o cigarro ou com qualquer outro vício que eu tenha.
Escrevo compulsivamente procurando algo que me tire este nó enorme que tenho na garganta. Não sei até quando isso irá durar. Algumas vezes, confesso que essa condição me faz prisioneiro da necessidade de desabafar. Fico maluco sem papel e caneta a mão... Só queria entender por que o que eu escrevo tem uma tristeza em uma solidão tão aguda e tão forte.
Não tenho certeza se acredito em deus. Acredito em energias e em coisas que, a meu ver, mais ninguém acredita. Mantenho-me calado escutando as mensagens que o vento me traz. Compreendo as regras do jogo senhores.
Tenho medo de morrer sem Ter alguém do lado. Já basta Ter sido solitário durante a vida toda. Mas eu não tenho pensado mais em morte. Hoje sei que a estrada fervilha em mim uma necessidade filha da puta de ser família.

Era noite e o que me fez feliz de tarde agora transformava o instante em apenas mais um aperto. Confuso o momento em que proponho ser eu e dizer as minha verdades. O que eu sou espalha-se por sobre teus ombros e o horizonte diz muito mais de nós dois do que qualquer outra coisa. Isso é Mágicka.
Antes eu me sentia que caminhava sozinho e que ninguém mais sabia do que meus escritos diziam. Não queria ninguém que fosse traduzir a simplicidade em um quadro do Dali. Só quero seguir dizendo e contradizendo o que quer que seja tomado como verdade.
Não quero ficar preso. Quero caminhar pelas ruas deste bairro. Seguir à procura de algo que esteja prestes a acontecer. Em cada esquina uma história pode ser contada pelos bêbados que a mede com a incerteza de seu passo ou de sua existência.
Amanhã vai chegar mesmo e os sonhos não estarão habitando o quarto de dormir. Deixo a cortina fechada para fazer durar a noite até o instante que eu cansar de ficar sozinho.
E amanhã tem mais...

Cuiabá-13 de outubro de 2002

Escrevi tudo o que poderia Ter sido dito em uma conversa que talvez nunca houvera acontecido. Não me lembro da sensação de descansar a cabeça no travesseiro, mas sei que dormi. Meu corpo não estava dolorido como ficava quando curtia as noites na casa do Jhon Cogumelo em Tupã. A vida estava me levando para um jogo que eu desconhecia as regras, mas fazia as apostas consciente do risco de perder e sabia o que eu perderia


Ventilador parado não traz solução




11 de abril de 2006

tom zé

Mamar No Mundo

Tom Zé

Oh! mamãe,
eu quero é mamar no mundo.
Quero, papai,
saber no fundo.

Negar a boca do pai
para eu mesmo descobrir,
desesperar-me de medo
perante cada segredo

Eu sofro de juventude
essa coisa maldita
que quando está quase pronta
desmorona e se frita.

Negar tudo que é sagrado
para aprender a rezar
entrar no quarto da lua,
vestir a língua da rua.


Conto de Fraldas

Tom Zé

Penso: que pena que seja pouco

só penso pensamento

que possa te procurar,de cá, de lá, menina

baile beijinho

beijo beijocao b da brincadeira

brinquedo balbuciar, ciar

ciar, menina

tim-tirim-tirim-timtirim-tirim-timtirim

my love lua da lenda longe me leva lá

no dia que te conheci

eu ainda molhava a camamo-lha-va-a-cama-á-á-á

6 de abril de 2006

como nasceu JIM D.


republico aqui por que as pessoa continuam me perguntando a mesma coisa
Meu nome de batismo é...
Conto aqui como nasceu Jim D. o poeta soteropolitano que habita minha cabeça...

O Nascimento de Jim d.




Estava em Salvador e meu amigo Alex Armel estava dando uma festa de despedida, ele iria retornar à Bretanha. Fui junto com Dica, Juruna, Elisa e mais uma turma. Era a primeira vez que subia aquela ladeira que dentro em breve se tornaria íntima pois iria habitar aquele covil para onde me dirigia. Em cima do morro, um sobrado... três andares. No primeiro morava Marylia Cabane, uma francesa que perece um gnomo. Nos outros dois moravam Nelson Carlos Hope e Juan Pablo "Cipo" Cruciani (ambos argentinos) além do próprio Alex. As casas abarrotadas de malucos de todas as nacionalidades e eu caminhando e registrando em minhas retinas o que acontecia em meu redor. Não conhecia niguém ali e por isso estava trancado em uma redoma... Copo na mão cheio de caipirinha caminhei até a cozinha da casa de Marylia e lá encontrei um cara louro de quase dois metros, com os cabelos e a a barab extremamente compridos. Ele olhava triste para um jarro onde, pelo cheiro, tinha caipirinha. Nelson (era ele) me perguntou num portunhol "Usted sabe hacer una caipirrinha?" "Sim, sei sim." " ès grincgo?" "Não, sou brasileiro." "No te assemelha a los otros" não entendi... era elogio? Se fosse não haveria gostado "Pronto, está aqui a tua caipirinha" diante do jarro cheio até a tampa de alcóol Nelson passou seu braço pelo meu pescoço e me perguntou... "Como te llamas?" "Eduardo" ele tentou por dez minutos entabular conversar mas achou mais produtivo distribuir o que havia restado da caipirinha e me arrastou pelo pescoço. A cada copo que enchia ele dizia "esta caipirrinha quem fez foi meu amigo... como te llamas?" eu me sentia ridículo... e repetia tímido EDUARDO Nelson olhou para mim medindo de cima a baixo e soltou... " Che sun nombre és dificil... Estás con una camisa de Jim Morrison... Te batizo Jim" dito isso virou em minha cabeça um copo de Caipirinha... Saimos pelas casas e ele me apresentando como Jim... Nos dias seguintes ia encontrando por Salvador pessoas que estavam na festa e só me chamavam de Jim... nem tentei explicar. Aceitei o batismo e honrei o nome
(publicado originalmente em http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/35233

5 de abril de 2006

1

vi que tua banda irá se apresentar na semana da solidariedade, fiquei feliz... mas eu já sabia desde sábado último e guardei segredo. desculpe. te falei das coisas que andam brotando no terreno fértil de minha mente?
hoje acordei e tomei "o" café. pensei muito que quero ler realmente o que a Juliana anda escrevendo por que sou muito curioso e tenho essa mania besta, quase vício de querer ler coisas novas ou de novos escritores que estejam descobrindo que nunca viverão do que escrevem, no máximo irão sobreviver.
fico feliz também por que choveu e eu dormi bem, muito bem. tive bons sonhos que não posso publicar aqui (novidade isso) ah essa minha adolescência que não passa
carência de atenção...
durante a tarde fiquei discutindo estilos de artigos escritos nos jornais locais... chegamos, marcos e eu que a rita lee estava certa ao afirmar em úma de suas músicas que, tudo vira bosta.

1 de abril de 2006


Jim d. é pseudônimo do ator, poeta e jornalista E. Duran. Nasceu em Tupã (SP) em março de 1978. Trabalhou com jornalismo escrito e televisivo. Atua já há 14 anos. Atualmente termina as correções de seu primeiro livro.