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8 de março de 2006

despedida dos 27 anos






final de expediente e eu tinha de sair logo dali. não que eu não gostasse deficar conversando com o Márcio que é o cara que pega o turno da madrugada, mas é que eu sabia que em algum canto de alguma rua ela me esperava. claro também que não poderia deixar que a vontade me encontrar com ela fosse assim tão explícita.
fiquei pensando em com as coisas aconteciam. amanhã é meu aniversário e é também aniversário da morte do Bukowski (1994), muita coisa me fazia pensar nele nos últimos dias. algo me aproxima bastante de henry chinansky... os dois escrevemos e temos empregos temporários, o dele era nos correios dos estados unidos da américae o meu é ficar na roleta do terminal rodoviário, como eu gosto de dizer sou substituto de fiscal de bosta, pelo menos o cargo serve para rir nos momentos de descontentamento.
a literatura sempre me ajudou, seja nos momentos de desabafo solitário ou para a pura e simples distração de uma mente conturbada como a minha.
gosto de falar sobre o que estou lendo ou pretendia ler... e isso ela e eu temos em comum.
nos encontramos e caminhamos para um lugar um ouco mais sossegado. falamos umas amenidades que, se minha vida fosse um filme garanto que o editor cortaria a conversa e iria pra ação. me lembro que ela comentou algo sobre eu ter uma cara de mal. e eu disse sorrindo " assim é melhor por que as pessoas não me torram tanto o saco, mas elas nem desconfiam que não sou nada"
e ela " mas assim, vestido todo de preto, com essa barba..."
e em meu pensamento " a típica cara de cafajeste"
foi dai que tudo começou... beijos, nossa como é boa aquela boca e aquele corpo esfregando no meu. malditos carros que passam, maldito tempo que é curto.
gostaria de deitá-la ali mesmo no passeio e abrir suas pernas. beijar suas coxas,sentir o perfume de seu sexo... sentir o gosto de sua excitação. ter em minhas mãos seus seios beijá-los, sugá-los... mas tinha a porra do tempo correndo e os carros com seus imbecis tomando refrigerantes...
fiquei imaginando aquele fogo me queimando os dedos, os lábios, meu sexo.
a noite, mesmo assim valeu a pena.
carinho sempre é bom
creio ter sido uma boa despedida dos meus 27 anos.
sei que sempre teremos as noites.

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