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5 de abril de 2010

Algo mudou em mim
Mas nada foi feito para que isso acontecesse
Apenas surgiu uma ruptura necessária,
Um abandono que deveria existir porque
O antigo não sustentou meu riso de uma forma real.
Hoje, em relação a você, estou mais feliz
Não porque algo foi feito,
Mas porque o tempo me deu a certeza
Que só o tempo tem de quando as coisas são sérias.
Ontem, parado no meio da igreja
Senti meu peito encolher até ser um núcleo de um átomo
Me senti triste, só e tolo...
Mas você estava ao meu lado
E pude perceber que não estou no meu lugar
Eu habito um espaço que não é meu.
Sou um estrangeiro em meu corpo
Sou o sentimento que me habita
E por mais que não correspondido
É vivido
Eu me ergo rápido e me apronto
Não sei relaxar.
Pode ser que nunca viva realmente
Pode ser que o tempo ou a distância
Se encarregue do que sinto,
Ontem pode ter parecido um adeus, como você disse
E talvez, involuntariamente, era.
Só não muda o que morreu e deixou realmente de existir,
Mas no fundo sabemos que não será nunca uma despedida
Ficarão as dezenas de poemas que te escrevi,
Os recados entregues na doce madrugada.
Os presentes para teu ainda distante aniversário
Dirão que amigo fui para você.
Choro aqui, em silêncio,
Me alivio enquanto nos falamos pela internet.
Distante e próxima como uma surpresa que nos ganha.
Você é meu mistério mais delicioso,
Minha esfinge que sorri e me encanta
E me toca
E me inspira.

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