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24 de fevereiro de 2010

O RELATO DE UMA AMIZADE

O meu primeiro contato com o universo de Aleilton Fonseca foi através de seu filho mais velho Diogo que considero um dos meus irmãos por escolha. Eu tinha 25 anos e morava em Salvador há pouco tempo quando eu o conheci. Homem de estatura mediana, cabelos negros lisos e finos. Caminhar chaplinesco e um sorriso daqueles que convida a uma pausa e uma conversa que, aliás, sempre teve bom humor e palavras de incentivo ao amigo do filho que também tem em seus sonhos a literatura como missão.
Diogo havia comentado que seu pai escrevia e eu me interessei de pronto não renegando o meu passado de rato de biblioteca. Depois do interesse demonstrado me foi emprestado pelo filho um exemplar de “O Canto de Alvorada” volume de contos com pouco mais de cem páginas. Chamou-me a atenção à qualidade da impressão, a capa com uma ilustração de Ciro Fernandes que mostra dois galos em luta. Explico o espanto, quando ouvimos que uma pessoa próxima é um escritor nunca olhamos realmente a dimensão de sua história, mas o que esperamos encontrar. Acostumado a ver livros de impressão particular com capas e miolo estranho tinha em minhas mãos um material de qualidade e com selo de uma editora como a José Olympio.
Voltei para o apartamento onde morava e li o volume de uma vez, sem parar até o fim. Foi o primeiro livro de contos que li com prazer real. Ali descobri uma vontade de ler mais contos e ler mais de Aleilton. Até então, confesso que, não tinha a menor paciência para o conto. Não via graça na escrita, o filão não me dizia nada. Essa foi a primeira mudança. Um outro olhar sobre meu gosto literário foi dado a partir dali.
A outra questão que gostaria de dizer aqui é que Aleilton mudou bem mais em mim. Nas conversas que tivemos fui percebendo o encanto que ele tinha pela profissão de professor universitário. Não havia charme e nem frases romanceadas, tudo o que me disse era real e podia sentir assim. Começou a surgir em mim uma idéia simples: unir o que gosto e assumir uma missão.
Assim em linhas rápidas eu traço o início e mais rápido ainda é o fim. O ano de 2010 marca o final do meu curso de LETRAS. Três anos de divertimento e aprendizado com uma equipe genial de professores que só fizeram aguar a semente que as conversas com Aleilton plantaram. Não poderia ter então outro tema para o meu TCC do que os contos de Aleilton Fonseca.
Hoje, 23 de fevereiro recebi dele 09 livros (oito dele e um de autoria de sua esposa Rosana) além de sempre dizer que posso contar com suas conversas. Como não agradecer a uma pessoa que com bondade e sem cerimônia muda completamente nosso futuro e nos deixa feliz e certos de que as escolhas que foram feitas me trouxeram bem.

Obrigado Aleilton, Rosana, Diogo e Raul.



PS os livros recebidos foram

“Jaú dos Bois e outros Contos” -1996 / Ed. Relume Dumará
“O Desterro dos Mortos” contos - 2001 / Ed. Relume Dumará
“O Canto de Alvorada” contos -2003 / José Olympio Editora
“As Formas do Barro e outros poemas” poemas – 2006
“Nhô Guimarães” romance homenagem a Guimarães Rosa – 2006 / Editora
Bertrand Brasil
*“Outras Moradas” coletânea de contos – 2007
**“Les Marques du Feu et autres nouvelles de Bahia (As Marcas do Fogo e outras histórias) edição bilíngüe – 2008 editora 7 Letras e Lanore Littératures
“O Pêndulo de Euclides” romance – 2009 / Editora Bertrand Brasil
estes de autoria de Aleilton Fonseca

* com Adelice Souza, Állex Leilla, Marcus Vinícius Rodrigues e Renata Belmonte.
** tradução para o francês de Dominique Stoenesco

e também
"As filhas de Pandora - Imagens de mulher na ficção de Sonia Coutinho"
Rosana Ribeiro Patrício - 2006 / Editora 7 Letras

2 comentários:

  1. Fiquei com água na boca...eu q só o conheço das leituras e das trocas de e-mails...É bom saber que aquilo q me dizem dele é mais uma vez reforçado....bjs

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  2. Mto legal! sogrão gente boa! hehehe q vc consiga fazer um maravilhoso trabalho, e com muito prazer, o q é melhor! bjao cunhado!!!

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