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5 de janeiro de 2011

Evoé Nelson Santana Junior.


Sim, parece que foi de repente, mas não foi. É claro que a muitos parecerá estranho aquelas portas fechadas em definitivo (será?), mas o próximo passo se fez necessário e eu fiquei aqui, sentando e pensando enquanto fumo meu Phillies Blunt e reavalio tudo o que sei, do pouco que sei, e faria o mesmo. Saber reconhecer uma chance de fazer valer o sonho e o suor da criatividade é também uma arte.
Claro que fico assim meio órfão porque o espaço havia se tornado um tipo de escritório e no último mês havia se tornado de fato. Ganhamos um espaço para poder dar vazão ao que queríamos promover culturalmente em nossa cidade. Reclamamos muito de que não há espaços aqui para que possamos realizar encontros e saraus e coisas afins. Mas cabe a nós ir cavando esses pênaltis. Me lembro sempre que quando formamos a primeira geração de poetas livres em Cuiabá a idéia era levar o poema para as praças. E me divertia quando subia nas mesas de concretos destinadas ao carteado e recitava a plenos pulmões um pouco de Castro Alves, Pessoa, Maiakovski e meus próprios. Porque aqui não?
Conheci Nelson Santana em 2008 através da Lígia Coelho que me levou ao espaço. Desde o início ele abriu as portas da BelasArtes para as intervenções que pudéssemos apresentar ali. Demorou um ano até que surgisse o projeto de Sarau que tive o prazer de comandar.
Ali levei a cabo muita coisa porque simplesmente havia o desejo dele, Nelson, de mostrar o óbvio. O espaço era massa porque as pessoas fizeram dele o que ele representava. É claro que as instalações eram convidativas e extremamente aromático. Penso agora, tenho que encontrar um bom café para apreciar.
Se você não conheceu Nelson Santana Jr não sabe o que perdeu. Um cara alto, magro e com um rosto que, a princípio, parece sério demais. Mas é um fanfarrão disfarçado em lorde inglês. Boa praça e um papo descontraído. Torço muito por seu próximo passo. Fico imensamente grato a ele pela confiança nas realizações e por ter me proporcionado o simples da normalidade que sempre busquei e poucas vezes tive.
Esse rapaz, meninão crescido, fez a logo da Ágora Cultural, assim como fez da Evoé com uma simplicidade e beleza que só os doidos possuem. Agradeço a ele por isso também. Mas creio que a gratidão maior fica por conta da amizade que oferece de peito aberto. Por isso digo... Evoé Nelson!!!

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