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25 de outubro de 2010

2h30 da manhã de segunda-feira e um poema para mim.

Meus caros o sarau de ontem foi uma delícia, estamos acertando o tempero dessa paeja cultural. Tivemos poemas, bons poemas, e boas músicas. Recitei novamente trechos de "O Navio Negreiro" de Castro Alves.
A noite foi em memória de Luiz Bertazzoni e, para variar, o que devia se curvar mais nem apareceu, sanguessuga sacana. Mas foi melhor assim.

Mas a surpresa veio quando Nelson anunciou que recitaria um poema de sua autoria. Pensei que seria um que ele havia lido para mim algumas semanas atrás. Mas não, esse era inédito e se chama "Decassílabos". O mais massa é que ele é dedicado a mim. Fiquei emocionado com esse símbolo de amizade que o Lorde me prestou. Bom saber que parcerias se tornam amizades. É claro que reproduzo aqui o poema como ele foi escrito.

"Decassílabos"

Nunca vi ninguém cercado por tantos decassílabos,
Ladeado por ditongos, que em crescentes versos,
Busca frases tão próprias,
Para os momentos mais impróprios.

Nunca vi ninguém com tamanha ousadia,
Arrisca-se em momentos e lugares incertos,
Cativa desconhecidos à revelia.

Nunca vi ninguém quem usasse chapéu com tanta autenticidade.
Pessoa singular, de pretérito imperfeito e modos subjetivos.

Nunca vi ninguém bêbado em um beco,
Com um cachimbo aceso, um livro de poesia, uma mente sã,
Senhoras e senhores, eu vi...
Eduardo Duran

Nelson Santana



em breve postarei algumas fotos e vídeos da noite de hoje.
em outro post eu explico melhor esse lance de "bêbado no beco".
Ah, também terminei um poema meu. Rolou durante o sarau mesmo.

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