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30 de abril de 2011

a íntegra de meu discurso de formatura

Colegas, Professores, Senhora Coordenadora, Diretores da FAP.

A noite de hoje marca a ruptura de um ciclo. Deixaremos para trás toda e qualquer possibilidade de continuarmos sendo as mesmas pessoas que fomos. Ao colarmos grau nos tornaremos de direito professores, mesmo que alguns de nossos colegas já militem nessa área, será um recomeço para eles também. A turma de 2010 foi, sem dúvida alguma, detentora de um brilho especial e por vezes problemático. Como uma pessoa com vontade própria, todas essas cabeças que estão aqui formaram um organismo novo e que, na adolescência, teve seus problemas. Marcamos com essa cerimônia a nossa entrada na vida adulta desse organismo. Hora em que nos permitimos rir dos erros, aceitarem as diferenças e dividir as responsabilidades que carregamos em nossas sacolinhas. Aprendemos com nossos professores a ir além, humanizaram o mestre trazendo amizade e companheirismo. Todos eles, independente do tempo que tiveram ao nosso lado, são co-responsáveis por nossos risos e lágrimas essa noite. A todos estendo o agradecimento em nome desses alunos que se formam hoje.
Este foi um dos textos mais difíceis que escrevi em dezenove anos, mais difícil até do que a prova do Márcio sobre Macunaíma. Gostaria de ressaltar essas três figuras que hora são homenageados
Aprendemos com vocês, professores, muito mais do que simplesmente a matéria dada. Conhecemos seres humanos que nos encantaram e conquistaram para além de nossa Curta passagem por essa faculdade. Levaremos essa amizade sempre em nossos corações. A vocês todos que nos ajudaram deixamos o nosso agradecimento. Em especial a essa mulher que nos emociona com sua força e candura. Essa mãe que se renova em menina sapeca, que saltita em sala para explicar o que, em princípio parece tão difícil. Mas ela sorri como uma criança que acaba de montar um quebra cabeças e diz “Não é legal?”. Professora Mestre Andréa Scavassa Vechia Nogueira, que Deus continue colocando um caminho florido diante de você. Que suas bênçãos a alcancem em cada manhã e cada anoitecer. E que essa nova vida que você gera, traga mais e mais alegria, mais sorriso em seus lábios e brilho em seu olhar. Pelo carinho sincero o nosso muito obrigado.
Brincamos muito com a nossa patronesse, essa viajante de distâncias incalculáveis. Essa mulher que é tão próxima da meninice. Professora Meste Livia Maria Turra Bassetti. Confesso que sempre pensei muito em você, ainda mais com a aproximação das provas de latim. Magistra,. Non omnia quae vera sunt recte dixeris (Nem todas as verdades se dizem). Obrigado pela paciência e por todo o auxílio que também nos prestou.
Ele é visto como um jovem de língua ferina, de rompantes e alegrias. Professor Eder Adriano Pereira. Você nos instigou o pensamento e a ação. Sempre travamos discussões em sala sobre o pensamento humano e sobre o que escondemos abaixo dessa camada tão fina que milênios de cultura formaram. Com você rompemos as barreiras e aprendemos que tudo é possível. É como disse aquele médico austríaco que você tanto admira “O sonho é a satisfação de que o desejo se realize”. Deixo também o recado de que, nem todo baiano vira mulher ao meio-dia. Por ter permitido que nós enchêssemos as nossas sacolinhas nós o escolhemos como nosso paraninfo e lhe agradecemos.
A essa instituição que nos acolheu. Deixo os mais sinceros agradecimentos e respeito. Aqui aprendemos que não há nada melhor do que realizar com sua própria força sem ter que esperar auxílio. Aos amigos que fizemos, muito obrigado por partilharem esse caminho conosco. No fim sentiremos saudade de tudo, ou da grande maioria do que vivemos aqui. Para terminar gostaria de ler um dos trechos finais da autobiografia de Charlie Chaplin, um dos maiores atores, bailarinos, musicista e diretor de cinema. Se estivesse vivo, o doce vagabundo completaria 122 anos esse mês.

“Devo agora terminar essa minha odisséia. Reconheço que o tempo e as circunstâncias me têm favorecido. O mundo cumulou-me de afeições, inspirei amor e também ódio. Deu-me a vida o que havia de melhor e um pouco do pior. Quaisquer que tenham sido as minhas vicissitudes, creio que a ventura e a desventura são filhas do acaso, pairando como uma nuvem sobre o nosso destino. Com essa compreensão, nunca me abalam demais as coisas ruins que me acontecem e sou agradavelmente surpreendido pelo que vem de bom. Não sigo um roteiro de existência, nenhum filosofia... Sábios ou tolos, temos todos que batalhar com a vida. Oscilo em meio de contradições: exasperam-me às vezes fatos mínimos e catástrofes poderão deixar-me indiferente. Contudo, a minha vida é hoje mais apaixonante do que nunca. “
Charles Chaplin





Eduardo R. Duran

Um comentário:

  1. Belíssimo discurso!
    Parabéns!

    De uma passadinha no meu blog!!! Está atualizado!
    http://discutindoteatro.blogspot.com.br/2012/11/hamlet.html

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