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22 de janeiro de 2009

PRA QUEM SABE ESPERAR

(madrugada)


Querida June

Agora passou um pouco das quatro da manhã e eu acabei de chegar. Resolvi escrever isso antes de ir dormir por que não sei se conseguirei me deitar e tentar dormir antes de dizer o que tenho. Sabe a surpresa que você me fez na noite de ontem foi um bom início para um ano que promete ser bastante agitado.
Mas quero falar de manter os desejos encobertos por uma teia de comodismo e um pretenso bom-mocismo que não temos. Sempre quis ter com você o que tivemos, mas quando o tempo foi passando e fomos nos afastando por diversos motivos e razões e reconheço aqui que quem mais sumiu fui eu. Mas o desejo sempre ficou ali martelando e cada vez que eu a via ele só fazia aumentar. Não era fácil ficar calado ou quieto quando o que mais queremos é falar e agir.
Saber que você também sentia o mesmo em algum lugar escondido aí dentro de você me deixou desconcertado por que quando só um sente é mais fácil se conformar com o não ocorrido. Não era nosso caso. Percebo que em algum momento começamos a traçar o caminho que nos levou pra longe um do outro e, ao mesmo tempo, nos mantinha unidos.
Ainda sinto em meu lábio a maciez da sua boca. Será que você já conseguiu dormir? Por que você não me liga? Temos ainda tanto pra conversar, explicar, dizer simplesmente. Hoje foi muito especial e espero que fique para você esta mesma sensação. Tem um poeta inglês que disse “ o homem tem o direito de amar como quiser – tomai vossa fartura e vontade do amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes.” Foi isso hoje. Bem termino essa carta uma outra hora. Mas nada do que eu escreva aqui substituirá a necessidade que temos de ter uma conversa olhos nos olhos.
Fique bem e com meu carinho
Seu
Johnny

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