(para Márcio Roberto Pereira)
Maluco é pouco para o professor lá na frente
Caminha entre os argumentos consagrados.
Ao fundo o brilho e a beleza quase dorme
E caminha o Dom Quixote
Explicando a poética drummondiana.
Entre labirintos desnuda o que está no escrito
Fala de forma calma e planta dúvidas,
Tira da platéia olhares
Tira da platéia a atenção.
Dá em troca perguntas quilométricas
Para a segunda prova bimestral.
Maluco de pedra diz que os poetas nos alentam,
O mundo devora o poeta desavisado
Assim como a tinta preta come o branco do papel.
Levanta discussões, não come carne
Nada todos os dias
E caminha sozinho.
O professor maluco continua, ultrapassa o intervalo
E segue colhendo palavras
Letras soltas.
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